domingo, 29 de julho de 2012

Salto para o padrão-ouro

REPORTAGEM DA JORNALISTA FLÁVIA TAVARES PARA O JORNAL O VALOR ECONÔMICO - RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO:


O navio "Itaquicê" aportou em Los Angeles naquele 1932 com 82 orgulhosos atletas brasileiros, 81 rapazes e uma moça, que representariam o país na Olimpíada. O brilho em seus rostos era produto do suor que brotou da venda que foram obrigados a fazer, nas paradas do navio ao longo de um mês de jornada, de parte das 55 mil sacas de café embarcadas no cargueiro. O lucro serviria para custear sua ida aos Estados Unidos, no contexto do pós-crash de 1929. Quem não tinha habilidades financeiras não desembarcou. Apenas 67 deles participaram daqueles jogos.
Oito décadas depois, o Brasil está hoje em sua 21ª participação nos Jogos Olímpicos, agora em Londres. Os 258 atletas que daqui partiram não tiveram de negociar commodities para financiar sua performance. O que não os torna menos mercadores de si mesmos. Do entusiasmo com a brincadeira de pega-pega no pátio da escola ao alto rendimento de um índice olímpico, os brasileiros que escolhem a carreira de atleta ainda precisam de muito talento para obter, manter e fazer render o dinheiro destinado ao esporte.
"O esporte evolui constantemente. Mas falta ao Brasil decidir o que quer, elaborar uma política pública nacional para o esporte", diz Paula Gonçalves, a Magic Paula, ex-integrante da seleção brasileira de basquete, hoje diretora-executiva do projeto Esporte e Cidadania da Petrobras, que gerencia o patrocínio da estatal para cinco modalidades olímpicas. Enquanto essa política não vem, a construção da carreira de atleta depende de um fluxo de responsabilidades, comandos e investimentos. Aos papéis do atleta, que são treinar, competir e, preferencialmente, ganhar, somam-se os de diversas esferas. As escolas, com seus professores de educação física e a tarefa de despertar o prazer do jogo; as universidades, que em muitos países completam a formação do desportista; os clubes, ambiente onde esses potenciais se desenvolvem; as federações e confederações, que lidam com o profissional já lapidado; e os patrocinadores, estatais ou privados, que bancam tudo isso.
Se, por um lado, o esporte brasileiro nunca teve tanto dinheiro, por outro, em alguns pontos dessa corrente há lacunas que ainda impedem que o país seja uma potência olímpica e seus atletas, profissionais completos. Além disso, por ter um perfil piramidal, em que poucos chegam ao topo, a carreira de atleta deixa pelo caminho uma multidão sem acesso ao maior filão dos recursos. Há, porém, um marco fundamental, que começou a mudar as perspectivas do esporte brasileiro: a lei 10.264, de 2001, que estabelece que 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais do país sejam repassados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que fica com 85%, e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), destino do restante. Em 2012, o COB estima em R$ 145 milhões a parte que lhe caberá, nos termos da lei.
O repasse desses recursos para as confederações de esportes olímpicos depende de uma série de critérios, entre eles, o desempenho do Brasil nas diferentes áreas - as modalidades com maior destaque recebem mais dinheiro. "É uma questão de planejamento. As confederações mais bem estruturadas, que têm melhores resultados, gestão e um plano bem traçado para manter e aumentar esse sucesso, são nosso foco", explica Marcus Vinicius Freire, ex-jogador de vôlei da seleção de prata de 1984 e atual superintendente executivo de esportes do COB. Assim, o atletismo, o vôlei e os esportes aquáticos, por exemplo, devem receber R$ 3,2 milhões cada neste ano. E o levantamento de peso e o tiro com arco, R$ 1,3 milhão. Cabe a cada confederação definir como esse dinheiro será usado, a partir de um plano quadrienal apresentado ao COB. "Essa grana vai, principalmente, para a organização de campeonatos e para a equipe olímpica. E os outros milhares de atletas que praticam o esporte, como ficam?", pergunta Mauro Silva, presidente da Confederação Brasileira de Boxe, que recebeu R$ 2 milhões.
Mesmo quem é destinatário de uma fatia generosa do bolo reconhece que pode faltar fermento. O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Roberto Gesta, costuma usar uma frase para ilustrar as dificuldades do atletismo brasileiro: "Nem se eu tivesse R$ 300 milhões conseguiria melhores resultados. O dinheiro não vale de nada sem um investimento na base". É opinião corrente que o Brasil tarda em cuidar dos atletas mirins, da formação de desportistas, da base da pirâmide. "O legado da Copa de 2014 e da Rio 2016 tem de ser social e tem de ser o impacto nas escolas", corrobora Hortência Marcari, ex-jogadora de basquete e diretora de seleções femininas da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
Na Escola Municipal Silveira Sampaio, no Rio, a opção foi não esperar por soluções externas. Com abnegação, uma equipe de 12 professores de educação física treina atletinhas de 10 a 15 anos em modalidades como atletismo, levantamento de peso, futsal, tênis de mesa, handbol, basquete e vôlei. "Juntamos dinheiro para levar os alunos aos campeonatos, pagar um tênis para quem não tem, comprar o lanche. Tudo porque acreditamos que o esporte molda o caráter das crianças, desperta a liderança e a sociabilidade", diz Roberto Prata, um desses professores.
Resultado: a Silveira Sampaio é campeã dos Jogos Estudantis há 12 anos consecutivos. E já colocou atletas seus na seleção brasileira de atletismo e de levantamento de peso. "Foi aqui que eu recebi todo meu treinamento, virei um profissional graças à dedicação desses professores", conta Douglas Santos Costa, de 22 anos, hoje levantador de peso da seleção. Os alunos que se destacam no atletismo na escola são direcionados para a equipe do projeto Lançar-se para o Futuro, patrocinado pela Brasil Foods, e comandado pelo treinador Paulo Servo, ex-professor da Silveira Sampaio. Mas a escola praticamente não tem apoio. Para tentar conquistar patrocínios e escapar da burocracia por ser uma escola pública, os professores criaram uma ONG, a Cia. Cadê. Ainda sem sucesso.
Iniciativas isoladas como essa podem não ser suficientes. O próprio COB reconhece que talvez falte tempo para alimentar o fluxo de novos atletas em todas as modalidades olímpicas até 2016. Embora 10% dos recursos da lei 10.264 sejam voltados para o esporte educacional, que inclui a organização de olimpíadas escolares e universitárias e a mobilização de 2 milhões de crianças por ano, o comitê considera que seu papel seja o de lidar com os atletas de ponta e não necessariamente com sua formação. "Estamos centrados em tornar o Brasil uma das dez potências olímpicas e ganhar entre 24 e 32 medalhas até 2016. Para isso, precisamos nos concentrar no alto rendimento dos esportes em que já temos tradição e nos que temos potencial de medalhas", diz Marcus Vinicius Freire. Assim, os gastos do COB com o alto rendimento no quadriênio olímpico de 2005 a 2008 foram de US$ 250 milhões. De 2009 a 2012, devem ser de US$ 350 milhões, e de 2013 a 2016, de US$ 770 milhões. "Mas a base é responsabilidade do governo e dos clubes", acrescenta.
O Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, vem chamando para si essa tarefa. Além de procurar talentos entre os associados, estabeleceu uma parceria com os 44 Centros Educacionais Unificados (CEUs) de São Paulo, por meio do projeto Brincando de Atletismo, desde 2008, para capacitar professores da rede pública e treinar crianças de 8 a 12 anos. Um evento em dezembro de cada ano celebra a iniciativa - em 2011, 150 crianças de seis CEUs competiram entre si. E em 2012 a parceria se expandiu, com a Prefeitura de Jundiaí. "Queremos ter 400 alunos competindo em dezembro deste ano. Se conseguirmos tirar daí um atleta olímpico, já teremos cumprido nossa missão", diz o treinador Cláudio Castilho, supervisor técnico de atletismo competitivo do Pinheiros.
Paralelamente à formação, o clube investe nos atletas de ponta das 16 modalidades olímpicas que abriga. Desde 2003, traçou planos para voltar à elite do atletismo, por exemplo. Naquele ano, o Pinheiros estava em 29º lugar no ranking do Troféu Brasil, principal competição do atletismo brasileiro. Agora, é vice-campeão pelo terceiro ano consecutivo, perdendo apenas para a equipe BMF&Bovespa, há dez no topo. Os melhores resultados também atraíram patrocinadores e, assim, o dinheiro do clube, que é uma entidade não lucrativa, passou a chegar cada vez mais ao atleta. "Hoje, o atleta bom e excelente vive do esporte, está profissionalizado. O mercado também se abriu para treinadores estrangeiros, capacita melhor os brasileiros e os atletas têm acesso à tecnologia de ponta do esporte", diz Castilho. "Mas ainda falta muito. O discurso do COB não condiz com a prática, o planejamento estratégico deles não chega a nós e o esporte vive um eterno recomeçar, vive de glórias isoladas."
Com a ajuda de outro marco no fluxo de investimentos no esporte - a Lei de Incentivo ao Esporte, de 2007, que permite que as empresas destinem 1% do imposto de renda a projetos esportivos -, o clube conseguiu aprovar R$ 72 milhões em projetos de suas modalidades e já captou R$ 37 milhões. Além disso, conta com os patrocínios da Sabesp, Bradesco, 3M, Asics, Sky e Banco Espírito Santo. "Nem todo esse dinheiro precisa chegar às mãos dos nossos 2,9 mil atletas, mas sim à estrutura que os cerca", explica Suzana Pasternak, ex-esgrimista e assessora para gestão de recursos ao esporte do clube. Essa estrutura inclui nutricionistas, endocrinologistas, psicólogos, softwares de medição de desempenho, 52 mil metros quadrados de quadras esportivas e duas piscinas olímpicas. "O atleta precisa se concentrar no esporte, não pode estar permanentemente preocupado com recursos, com burocracias", afirma Paula. "Ter esse apoio todo permite que a performance seja o foco."
É pensando nisso que tanto sua diretoria, que cuida dos recursos da Petrobras, quanto as do Pinheiros, do Minas Clube, do Flamengo, pioneiros na gestão esportiva no Brasil, tentam deixar um legado, um formato de administração do dinheiro que chega ao esporte, para que também beneficie a ponta da corrente, o atleta, em forma de salário e estrutura. Em seu escritório em São Paulo, a equipe de Paula gerenciou em 2011 quase R$ 15 milhões da Petrobras. Para isso, criou fluxogramas de 15 procedimentos diferentes, que acompanham a preparação do atleta de alto nível nas competições nacionais e internacionais - contratação de treinadores, viagens, compra de material etc. "Queremos criar um modelo completo, porque cada trâmite é muito dinâmico. Temos que prestar contas precisas ao patrocinador e ao Ministério do Esporte, mas também temos de atender às demandas do atleta, que mudam constantemente, por causa de lesões ou de provas que surgem ao longo do ano", afirma Paula.
Com processos mais bem acabados, as empresas tendem a se sentir à vontade para investir. O presidente da CBAt, Roberto Gesta, dá a dimensão de como essa mentalidade tem evoluído. Conta que, em uma competição em Manaus, em 1987, conversando com um amigo que era diretor da Coca-Cola, pediu permissão para colocar o logotipo da marca nas pistas de corrida, sem que a empresa tivesse de gastar nada. Era uma forma de mostrar ao mundo que uma multinacional se interessava pelo esporte. Funcionou. Um mês depois, o atletismo brasileiro conquistava seu primeiro patrocínio, do Açúcar União.
Hoje, a atração de corporações dispensa truques como esse. A própria Coca-Cola é uma das que bancam diversas iniciativas. "Queremos vincular nosso nome aos temas relevantes para o público, especialmente o adolescente, que são a música e o esporte. Por isso, temos um histórico de parcerias com a Copa e a Olimpíada", diz Michel Davidovich, diretor geral da Coca-Cola para a Copa 2014 e a Rio 2016.
A bebida esportiva da Coca-Cola, a Powerade, também patrocina uma equipe de dez jovens talentos do atletismo e criou o Powerade Team, com pretensões de emplacar alguns deles já nas equipes de 2016. Uma dessas atletas é Tamara de Souza, de 18 anos, campeã juvenil sul-americana de heptatlo, 6ª melhor do mundo no ranking juvenil e 23ª melhor do mundo no adulto. Seu interesse pelo esporte começou ainda quando menina, na Cidade de Deus, no Rio, pelo futebol, mas "só chutava o chão". Aos poucos, foi migrando para o salto em distância e, enfim, para o heptatlo. Hoje, conta com uma equipe composta de treinadora, nutricionista, fisioterapeuta, médico e psicólogo para desenvolver seu potencial. "Com tudo isso, posso sonhar em beliscar uma medalha em 2016", diz a garota.
O dinheiro público, porém, ainda é o energético mais abundante. Se é fato que o Estado se tornou o principal financiador do esporte de alto rendimento, também está claro que não há uma política de alcance nacional estabelecida para o desenvolvimento do esporte no país.
O que há é o patrocínio das estatais. Hoje, oito empresas financiam 22 modalidades: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras, Infraero, Correios, Eletrobras, BNDES, Casa da Moeda. Os Correios têm contratos com os esportes aquáticos e o tênis, nos quais investiu, entre 2011 e 2012, R$ 16 milhões e R$ 5,7 milhões, respectivamente. A Caixa prevê investimentos de R$ 62,5 milhões, entre 2011 e 2012, na preparação das seleções de atletismo, ginástica, luta e de esportes paraolímpicos. A Petrobras banca, por meio do projeto Esporte e Cidadania, 110 atletas, divididos entre boxe (26), esgrima (16), levantamento de peso (20), remo (24) e taekwondo (24), com bolsas-auxílio que variam entre R$ 3,1 mil e R$ 1.250. O total do investimento deve ultrapassar os R$ 18 milhões em 2012. A estatal, que deve levar 20 atletas a Londres, mantém ainda projetos de esporte educacional e de memória do esporte.
Essa memória tem uma guardiã. A professora e psicóloga Katia Rubio, coordenadora do Centro de Estudos Socioculturais do Movimento Humano, da Universidade de São Paulo (USP), elabora, há 12 anos, um censo do esporte olímpico brasileiro, com patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ao grupo de pesquisa, interessa entrevistar todos os atletas que foram a uma edição olímpica, mesmo que não tenham competido ou que tenham participado em modalidade de demonstração. Cerca de 700 entrevistas já foram realizadas. "Uma conclusão é que o brasileiro é formado para ir à Olimpíada, não para ganhar", diz Katia.
Por aqui, o discurso afirmativo, vencedor, é visto como arrogância. Com isso, dos 1.677 atletas que foram aos jogos, apenas 281 voltaram com medalhas - quando se desdobra o número de 91 medalhas entre os representantes de esportes coletivos. A professora diz que aquela imagem do atleta que treina descalço, nos fundos do Brasil, ainda é mais representativa do esporte nacional do que a do sucesso de um Cesar Cielo. "Nunca tivemos tanto dinheiro, mas o atleta nem sempre tem acesso a ele. Conheço casos de atletas que venderam sua casa, dormem no carro, para poder competir em alto nível, porque a verba está parada nas mãos da ONG que deveria ajudá-los", relata.
Não se transforma alguém em atleta de ponta em menos de dez anos. Por isso, o Brasil lida ainda com "as sobras" do modelo anterior à lei 10.264, acredita Katia. "A iniciação esportiva, hoje nas mãos dos clubes, não consegue estabelecer um elo com as universidades e, de uma maneira geral, o acesso aos clubes é muito restrito", diz. Ela se coloca entre os defensores de uma política de governo para o esporte. Por enquanto, o Ministério distribui dinheiro, as estatais fazem o mesmo e o COB gerencia o dinheiro da lei 10.264. Resultado: cada um aplica como quer, sem um plano integrado, com metas bem definidas. "Para 2016, contratamos a banda antes da festa. O Brasil acha que pode dar jeitinho em tudo, mas não tem como dar jeitinho em resultados, em desempenho." Em contrapartida, ela crê que deve haver uma guinada na mentalidade dos esportistas, tanto para um espírito mais vencedor quanto para uma preparação mais sólida para o pós-ápice.
Essa cabeça voltada para a vitória vem sendo moldada aos poucos - e pelo marketing. Um ídolo do esporte, hoje, deve ter, além de resultados, carisma para "se vender", principalmente nas redes sociais, e, assim, atrair patrocínio. "Orientamos nossos atletas a se comunicar de uma forma que aproxime os fãs e, a partir daí, podemos buscar mais financiadores e contratos de trabalho melhores", observa Alexandre Folhas, sócio-diretor da MVP Sports, empresa de marketing esportivo que gerencia as carreiras de atletas como Paula Pequeno, do vôlei, e Fabiana Mürer, do salto com vara.
Falta moldar melhor a cabeça do pós-ápice. Em diversas modalidades, aos 30 anos o atleta já está velho. Se aos 16 começou a ganhar algum dinheiro, o que é raro, teve 14 anos de carreira. Em muitos casos, tornou-se arrimo de família logo cedo. Não poupou. Não estudou. E, além de tudo, tem de lidar com o baque de parar de competir. "Comecei a me preparar para deixar o esporte dois anos antes", lembra Paula. "Os atletas pensam pouco na transição para outra carreira. O meu projeto, por exemplo, tem bolsa de estudos para os atletas. Se tem 15 que usam, é muito."
A opção mais comum dos que escolhem fazer um curso universitário é pela educação física ou fisioterapia. Mas ainda são poucos os que conseguem dar esse salto para uma nova profissão. O COB criou um departamento de educação pensando em ajudar esses atletas. É dividido em um programa de gestores, que inclui o curso avançado de gestão esportiva, em sua terceira edição; uma academia de treinadores, que capacita técnicos, tanto para a formação quanto para o alto rendimento; e em um programa de apoio a atletas, que contempla a transição de carreira. Este último começou em dezembro do ano passado e já conta com 11 atletas, entre eles Maurren Maggi e Daiane dos Santos, que acompanham histórias de transição bem-sucedidas e são treinados para fazer a sua própria. "O Comitê Olímpico Internacional valoriza essa iniciativa, mas não a exige. É uma medida nossa", diz Soraya Carvalho, ex-ginasta e coordenadora do departamento.
A expectativa de quem lida diariamente com o esporte no Brasil é que, aos poucos, uma nova geração de gestores seja formada. Essa pode ser uma maneira de melhorar a vida do atleta da base, já que ex-esportistas estariam no comando e olhariam com carinho para isso; do atleta de alto rendimento, cercado de gerentes competentes; e do próprio ex-atleta, que encontraria uma forma de permanecer ligado ao esporte mesmo sem competir.
"Ainda não temos diálogo no esporte. Cada um age por si. Mas já está pintando uma turma antenada, que conversa, pensa no macro, tanto de jovens atletas quanto de veteranos", diz Paula. Quem sabe, assim e com a ajuda do tempo, a única commodity com que o atleta brasileiro tenha de se preocupar seja a do ouro de suas medalhas.



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