domingo, 29 de julho de 2012

Quadro De Medalhas Diz Muito Pouco.

Postagem do blog de Alberto Murray, para reflexão: 

É bom que se rememore que em Jogos Olímpicos não há país vencedor. Não é um torneio que tem um campeão geral. A Carta Olìmpica não tem uma previsão a esse respeito. O que existem são campeões olímpicos em cada modalidade. E pronto.
Quem for ao website do Comitê Olímpico Internacional encontrará a relação de medalhas por país, ranqueadas pelas de ouro. Mas isso é para mera referência. Uma maneira de informar, segundo um critério, o histórico de medalhas de cada nação.
O ranking de países por ouro conquistados tornou-se uma referência quase que universal. São poucos os meios de comunicação que não o utilizam. Porém, é errado utilizá-lo para comparar esportivamente os países. É bem capaz que o Cazaquistão, por exemplo, termine a Olimpíada com mais medalhas de ouro do que o Brasil, porque são fortes em um, dois, ou três modalidades. Mas é totalmente incorreto dizer que, no geral, o Cazaquistão é esportivamente mais forte do que o Brasil. Se fizer uma Olimpíada somente entre Cazaquistão e Brasil, com todas as modalidade em jogo, daremos uma surra de medalhas. E essa comparação é possível entre muitos outros países.
É muito melhor esportivamente um país que tenha inúmeras finais e poucas medalhas, do que outro que tenha somente duas, ou três, medalhas de ouro em uma modalidade e mais nada.
Já escrevi aqui que quadro de medalhas não necessariamente representa a realidade esportiva global de um país, para mais, ou para menos.
Para avaliar-se a capacidade esportiva de cada país após os Jogos Olímpicos, o correto é atribuir uma pontuação do primeiro ao oitavo lugares, como na Fórmula 1 e fazer os cálculos segundo esse critério.

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