quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Arbitragem de polo aquático é sempre perfeita? Até quando?

Como este blog tem levantando a questão ultimamente, abaixo transcrevemos três depoimentos relativos ao último campeonato brasileiro infantil realizando no último final de semana em Santos - SP:
" Ganhar ou perder Claro que todos preferimos ganhar, pois entramos numa competição visando o melhor resultado, a conquista da medalha de ouro, mas algumas atitudes e comportamentos de certos atletas tiraram o brilho da categoria Infanto-Juvenil disputado de 18 a 22 de novembro no Clube Internacional de Santos.Dois fatos muito desagradáveis aconteceram na semifinal Fluminense x Paineiras e na final Tijuca x Paineiras. No sábado na disputa da semifinal, último quarto o atleta touca 10 do Fluminense foi atingido pelo atleta touca 12 do Paineiras com uma joelhada na altura das costelas sendo retirado da água com muita dor e falta de ar provocada pela forte pancada. O touca 10 do Fluminense não voltou para o jogo e ficou sendo atendido no banco. Foi uma cena muito feia e lamentável. A arbitragem não fez nada pois apesar de terem apenas dois jogadores o touca 10 do Fluminense e o touca 12 do Paineiras no ataque , próximo ao gol a arbitragem não marcou nada.No dia seguinte disputa de 1º e 2º lugares Tijuca x Paineiras, jogo disputadíssimo, o atleta touca 2 do Tijuca recebe a bola parte para o gol adversário, faz o gol, empata o jogo (5x5) e é atingido com uma cotovelada na boca pelo mesmo touca 12 do Paineiras, e ao invés de comemorar o gol é retirado da água sangrando pela boca e com muita dor sai do jogo. O que existe de comum nas duas histórias? Em primeiro lugar a covardia pois para ganhar não precisamos utilizar artifícios tão baixos. Em segundo lugar a arbitragem que como nós ficou assistindo a tudo sem fazer nada e em terceiro lugar é isso que queremos assistir nas partidas de Polo Aquático? Atletas em formação atingidos de forma covarde, “técnicos” que incentivam este tipo de conduta? Acredito que não. Queremos ver boas jogadas, defesas espetaculares e lindos gols que fazem a magia do esporte.Parabéns as equipes do Pinheiros, Internacional de Santos, Jundiaiense, Fluminense, Guanabara, Tijuca e Botafogo pela conduta de seus atletas e técnicos.
Marcia F. Alves"
" Sra. Márcia em primeiro lugar quero dizer que não tenho vínculo com Tijuca ou Fluminense, sequer sou carioca. Sou paulista de Osasco,criado na capital,ex-atleta de pólo-aquático e como,por motivos profissionais, estou radicado em Santos ,levei meu filho de 10 anos para assistir aos jogos do campeonato, para ver se ele gostava e aceitava entrar na escolinha do Inter.NÂO SEI QUEM SAIU MAIS ENOJADO. SE ELE OU EU.Não foram apenas as agrssões covardes. O pior dr tudo foi termos presenciado "pais " do Paineiras cumprimentando o garoto pelas agressões,às gargalhadas, perante risos dos "companheiros" e a cumplicidade do treineiro (treinador? de quê?....Professor? Jamais!!!Professor é outra coisa.).Meu filho se virou pra mim e perguntou? "É sempre assim?VC jogou isso? Parece game de rollerball !"Então Dona Márcia, eu indago aos responsáveis pelo esporte no país : É esse o polo aquático que vcs querem? De jogadores(atletas?nunca) de 13 anos covardes e impunes patrocinados por pais e treinadores facínoras? E eles tem apenas 13 anos. Será que é reflexo do que vem de dentro de casa? Algo tem que ser feito para que isto seja apenas um fato isolado,nem que seja um programa de reeducação esportiva para atletas ,pais e treinadores envolvidos.Aos responsáveis pelo blog, peço desculpas pela minha primeira intervenção no blog estar pautada em tanta irritação, mas compreendam, esta foi a primeira imagem que meu filho teve do esporte que o pai praticou durante 12 anos. Uma coisa posso garantir, senão fui craque , fui DIGNO.
PAULO ROBERTO R. CARVALHOex atleta do Paulistano,Hebraica e Espéria. "
"Sra. Márcia
Antes de tudo gostaria de parabenizar a Sra , como aos demais pais que estiveram presentes no Campeonato e também aqueles que não puderam estar mas que contribuem com o esporte incentivando os seus filhos a pratica-lo.Quanto aos fatos desagradáveis que presenciamos, quero deixar claro que a Sra. tem toda a razão por estar indignada. Gostaria apenas de tentar explicar situações como esta que infelizmente aconteceram nestes jogos . Fica bem mais difícil assinalar este tipo de agressão quando um jogador já entra determinado em faze-la, pois o mesmo sempre espera a oportunidade de não estar participando da ação,como no primeiro caso,ou de uma situação que já estava concluída. Não estou de forma alguma justificando o fato de os árbitros não terem visto o que aconteceu, mas que com certeza estariam mais atentos a este tipo de “covardia”se estivesse ocorrido na categoria de adulto.O que posso esperar do episódio é que os técnicos se comportem como educadores coibindo este tipo de atitude e não apenas comemorando vitórias se valendo de qualquer artifício para consegui-las.
Roberto Cabral Coordenador de Arbitragem da CBDA"
Respeitamos o professor Roberto Cabral como a maior autoridade de arbitragem no Brasil, mas o seu próprio comentário acima, não justifica o que ocorreu. Principalmente por ser a categoria de entrada no polo aquático. Alegar que se fosse no Adulto os árbitros seriam mais "rigorosos" e "atentos", sinceramente nos causa decepção.
Já foi dito aqui do critério "pilatos" de uma final entre cariocas e paulistas terem que ter um árbitro de cada estado. E quem acompanha o polo há muito tempo sabe que especialmente por São Paulo é quase sempre o mesmo árbitro, e que sempre acontece situações que sempre acabam em confusão.
Cade a direção de arbitragem? Ser de categorias de base permitem um jogo mais violento? Se algum jogador se machucar seriamente que pagará as despesas? A CBDA? Os árbitros que apitavam o jogo? Lembramos que são crianças amparadas pelo ECA, mesmo sendo atletas federados.
Se o próprio Professor Roberto Cabral concorda com o que foi dito pela Senhora Márcia e Senhor Paulo Roberto, que aliás é ex-atleta do polo aquático, não teremos uma "punição" ou "advertência" aos árbitros daquela partida?
Este blog já pediu e hoje faz publicamente ao Professor Roberto Cabral o senhor poderia nos informar a estrutura e composiçao do Tribunal de Justiça Desportiva que abrange o polo aquático?
Opinião pessoal de Luís Fernando Scherma Reis

16 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Luiz Fernando,

Lendo a sua opinião a qual você questiona se a arbitragem de pólo aquático é sempre perfeita, comecei afazer alguns cálculos interessantes os quais nunca havia pensado.
Se ambos os árbitros apitam ou fazem em média oito intervenções por minuto jogado,teremos ao final do jogo algo em torno de duzentas e cinqüenta e seis intervenções na partida, isto incluindo decisões analisadas como faltas simples,graves,pênaltis ,lei da vantagem,situações disciplinares e etc. Contando ainda com o fato de termos talvez alguns milésimos de segundo entre observar,perceber e decidir o fato, posso te responder contando com os mais de trinta anos de arbitragem de pólo aquático que NÃO é perfeita e NUNCA será, mesmo porque a perfeição e a aprovação de uma arbitragem mudam de acordo com o ponto de vista de quem analisa.

Roberto Cabral

Touca 14 WP Blog disse...

Professor Roberto Cabral
Obrigado pela resposta, mas o que eu questiono e continuarei a questionar: É que a arbitragem do polo aquático nunca reconhece que errou, hoje vejo que apenas o senhor é talvez o único que reconhece que há erros. Devemos separar amizades do senso de criticar respeitosamente os erros que reconheço todos nos temos. Mas quando critico, não critico a pessoa e sim a sua arbitragem.
Pena que amigos que fiz no polo inclusive árbitros não entendam isso.
Luis Fernando Scherma Reis

Otavio disse...

Minha opinião é de que é inaceitável este tipo de comportamento na categoria infanto-juvenil. O juiz pode até não dar a falta durante o jogo, se por algum motivo não viu, mas deve haver uma penalização ao atleta que praticou a falta após análise pela federação. A federação deve criar mecanismo para julgamento do atleta para coibir este tipo de atitude. Este tipo de atitude não estimula o crescimento do esporte.

Anônimo disse...

Sr. Luís Fernando,
Concordo com suas críticas em relação à arbitragem. É um problema que ocorre em todos os esportes, só que no pólo aquático, no Brasil, passa dos limites. Acho, inclusive ,que é o maior problema para o crescimento do esporte no país, pois no WP o árbitro faz o resultado. Acho que é uma questão muito complexa,que teria que ser analisada à parte, pois envolveria debate sobre a integridade moral(ou falta de) em relação a boa parte dos árbitros. A questão que foi trazida nas últimas postagens é ,a meu ver,ainda mais grave, pois trata não só da violência e deslealdade de meninos de 13 anos , como, principalmente, da péssima conduta de pais e treinadores, que podem ser a origem da citada violência.
Assisti quase todos os jogos e só percebi tal comportamento em relação ao Paineiras. Pelo menos neste campeonato foi uma conduta isolada, mas que sirva como SINAL DE ALERTA.
SE O DIRIGEENTE DA CBDA PRESENCIOU, QUE FAÇA ALGO,TOME UMA PROVIDÊNCIA DIGNA, PUNA GRAVEMENTE O INFRATOR, QUE NÃO LAVE AS MÃOS , TAL QUAL PILATOS.
Se um garoto age dessa forma aos 13 anos,o que esperar dele no futuro,dentro e fora das piscinas. A punição acabará lhe sendo benéfica.
À CBDA URGE UMA ATITUDE.
Aos responsáveis pelo blog , agradeço a atenção.
Paulo Roberto R. Carvalho

Anônimo disse...

Não sou técnica, não sou árbitra, não sou professora e nem ex jogadora de polo. Sou apenas uma mãe de um jogador do clube Paineiras que estava presente durante o jogo Paineiras x Fluminense. Não vi o que aconteceu dentro da água da piscina(nem antes do fato acontecer e nem na hora que o fato aconteceu), mas vi que nós pais e mães do jogadores do Paineiras não ficamos rindo nem cumprimentando ninguem. Ficamos sim preocupados com o jogador do Fluminense e afirmo que nós e nem os técnicos do Paineiras incentivam nenhum tipo de agressão como mencionado nas mensagens anteriores. É importante lembrar que o pólo aquático é um jogo que se caracteriza por muito contato fisico entre os jogadores e que muitas vezes vemos jogadores de diferentes times se agarrando e afogando, e é claro que podem acontecer acidentes. Poderiamos mencionar que nesse campeonato vimos várias cenas em que os jogadores do Paineiras foram agarrados, estrangulados, etc. e efetivamente os juízes não fazem nada para coibir estas situações. Portanto, o que acaba acontecendo são acidentes como este. É fundamental que não incentivemos clima de hostilidade entre os times pois continuaremos a ter novos jogos e que todos temos a obrigação de preservar o espirito esportivo.
Rejane Clapauch

Anônimo disse...

apenas relembrando que o atleta agrediu um jogador na semifinal e o mesmo atleta agrediu outro jogador na final

pedro antonio

Unknown disse...

Em primeiro lugar, depois de ler tudo o que foi dito, percebi que ninguém se preocupou em dar um direito de resposta ao jogador acusado (pois este poderia ter machucado o menino sem querer) ou então em ao menos conhecê-lo antes de dizer que carece de princípios e de educação em casa. Não estou dizendo que acho aceitável este tipo de comportamento mas sim, que é compreensível na medida em que o jogador, que tem apenas 13 anos, tenta aprender observando seus "ídolos" jogarem, em campeonatos adultos ou até mesmo de categoria júnior e juvenil. Assim, quando nestes campeonatos vê-se que os juízes não punem jogadas agressivas demais, a idéia que fica é a de que aquela jogada é a correta. E quem está começando sempre se espelha nos mais velhos. Acho engraçado fazerem este debate por este jogo, e condenar o menino (que eu conheço -e por isso sou até suspeita pra falar- e não é uma pessoa ruim), e não dizerem uma linha sequer sobre o jogo do campeonato paulista feminino sub-21, por exemplo, onde 3 atletas do pinheiros se juntaram para espancar uma atleta do paineiras (que foi aconselhada a fazer um B.O na delegacia por ficar desfigurada) e os árbitros mais uma vez ficaram olhando. Nos Estados Unidos e, acredito eu, em qualquer país que tenha um bom pólo aquático, os árbitros apitam todo e qualquer princípio de agressão a ponto de na temporada em que o Paineiras foi jogar lá os árbitros encerrarem uma partida na metade por considerarem que "as atletas estavam começando a se estranhar". Acho que deveríamos pensar melhor no exemplo que estamos dando áqueles que estão começando ao invés de simplesmente acusar o menino dizendo que "não tem moral, princípios ou educação"; talvez tenhamos dado a ele a idéia de que só assim se faz um gol, ou se ganha um jogo. Mais uma vez, não acredito que ele tivesse a intenção de machucar seu adversário. Além disso, sou atleta do Frank, técnico do paineiras, há 5 anos - e isso pode até parecer pouco pra todos vocês, mas foi tempo suficiente para conhecer muito bem a integridade do seu caráter e ter absoluta certeza de que NUNCA incentivaria ninguém a agredir outro jogador, pois isto nunca aconteceu e tenho certeza de que nunca acontecerá. Meu técnico é apaixonado por pólo aquático e não permitiria que sua imagem se denegrisse desta maneira. Tirando isso, a impressão que eu tenho é a de que algumas pessoas aproveitam o momento do jogo para descontar suas frustrações em seus desafetos, pensando que por estarem na água não poderão sofrer nenhuma punição mais grave do que uma "expulsão sem direito". E eles se provam certos a cada jogo. Será que isto é mesmo suficiente? Até quando vamos permitir que jogadores se espanquem na água? Porque depois, um quer se vingar do outro, e a violência não acaba. Não seria o caso de expulsar definitivamente aqueles que vêem no esporte apenas uma oportunidade de fazer aquilo que não poderiam fazer fora d'água - por correrem o risco de ser processados? Acho que agora mais do que nunca vem ao caso refletir sobre as verdadeiras origens deste tipo de atitude, e tentar mudar hábitos que apenas o incentivam, em vez de ficarmos debatendo sobre um caso específico, que é apenas mais um em meio a tantos outros. Por fim, queria deixar claro que coisas assim acontecem em TODOS os principais clubes, sejam do rio ou de São Paulo, e em TODOS os campeonatos, porque eu mesma sou testemunha. Não acho justo portanto que se desmoralize apenas um clube sem sequer parabenizar seus atletas pelo campeonato vencido. Obrigada, Nathalie Toquetti, atleta do clube paineiras do Morumbi.

Luís Fernando Reis disse...

Acho que a senhorita Nathalie não entendeu o artigo:
1º o artigo foi elaborado em razão de comentários que chegaram a esse blog devidamente assinados, as duas pessoas que narraram o fato, fizeram quase relatos identicos;
2º Em nenhum momento até a senhorita colocar seu comentário ninguém do Paineiras fez algum comentário. Agora temos também e foi divulgado o da Senhora Rejane;
3º A questão não envolve os atletas desta confusão e sim como está dito em todos os comentários é o nível de arbitragem do polo aquático brasileiro. Inclusive o Professor Roberto Cabral reconhece que nas categorias de base a arbitragem não é idêntica a categoria de adulto. E na minha opinião isso é um grande erro.
4º Conheço e sei da integridade do técnico Frank, como também conheço que o polo como os outros esportes existem "escolas" de táticas e técnicas de jogo.
5º Acho que todos nós concordamos que devemos proibir qualquer tipo de violência, mas o argumento que o menino qualquer que seja se espelha no mais velho para jogar, temos que ter nossas restrições, pois realmente o discípulo tem que emitar o mestre, mas um mestre do bem.

José Werner disse...

Como árbitro CBDA/FINA,posso assegurar que temos recomendações expressas do Comitê Técnico de Water Polo(TWPC)da FINA para coibir TODA E QUALQUER TENTATIVA de antijogo, incluíndo aí,óbviamente,agressão e/ou tentativa de agressão.Posso assegurar que estamos sob observação e avaliação constantes por parte da Comissão de Arbitragem da CBDA e os árbitros que não estiverem seguindo essas recomendações estão passíveis de afastamento.Regra é regra para qualquer categoria e não deve mudar em função de uma equipe ou de um placar.Como diz um amigo meu "quando os de cima perdem a vergonha,os de baixo perdem o respeito" e o árbitro,queiram ou não,é a principal figura numa partida.Primeiro,porque sem ele não há jogo;depois,se ele não aplicar a regra em toda a sua extensão,da melhor maneira possível,o jogo pode até acabar (quando acaba)mas de uma maneira feia e nada pior para o espetáculo do que um final assim.Somos passíveis de erros,sim,porque,como muito bem detalhou o Cabral,são mais de 200 intervenções numa partida e é humanamente impossível não haver erro.Se na Europa,onde se treina e joga em alto nível,existem reclamações contra os árbitros,considerados os melhores do mundo,não tem como ser diferente aqui.Temos,sim,e essa é uma constante em nossas reuniões de arbitragem,que agir como árbitros da FINA o tempo todo e não apenas quando viajamos para apitar campeonatos internacionais.Lá,são no máximo de 3 a 5 jogos internacionais apitados por nós, uma quantidade por ano que os árbitros europeus apitam quase que por mês,e mesmo assim somos considerados na FINA como excelentes árbitros,levando-se em conta o nível do pólo aquático praticado aqui.
Finalizando,atletas das categorias de base têm que ser treinados por profissionais experientes,conhecedores do esporte em todos os seus sentidos e,sobretudo,educadores.Vencer é muito bom mas dependendo da forma como isso ocorre pode se tornar um caminho sem volta na vida esportiva desses atletas. Os clubes,em sua maioria,querem ser campeões de infantil e infanto sem se preocupar muito se terão uma equipe para disputar o júnior,o sub-21 e/ou o adulto dentro das normas legais de uma disputa sadia e aceitável como instituições.É um fato a ser pensado pelos dirigentes atuais e futuros.
Prof.José Werner.

Unknown disse...

Eu entendi muito bem sim. Foi dito nos comentários que os técnicos incentivaram e aplaudiram a briga e eu sei que isso não acontece. Também não sou a favor de violência, nunca briguei com niguém nem dentro nem fora da água; por isso eu não estou tentando defender qualquer atitude deste tipo e sim criticar a arbitragem no Brasil, que permite essas agressões e sempre "deixa passar" coisas do tipo durante o jogo. O que eu quis dizer é que acho estranho todos resolverem agora falar disso por se trataremde meninos infanto-juvenis e acharem normal quando acontece na categoria adulta. Talvez justamente por brigas e agressões serem consideradas " normais" nas categorias júnior e adulta -tanto por árbitros quanto pelos próprios jogadores- é que acabam acontecendo também nas categorias de base. Concordo plenamente que a violência no pólo brasileiro esteja passando dos limites e que portanto as punições deveriam ser mais severas. Mas acho muito ruim dizerem que isso só acontece no Paineiras porque todos sabem que não é verdade; poderia ficar citando milhões de exemplos mas acho que não vem ao caso.

Anônimo disse...

Prezado Luiz,
Só retificando um pouco o seu comentário,eu não acho que apitamos diferenre do adulto,o que eu acho é que nosso erro foi subestimar uma categoria de base ,onde os atletas não tem a malícia do adulto, e não achar que algum atleta fosse capaz de jogar com violência. Tambem posso afirmar que em todos os anos apitando categoria de base não me lembro de ter presenciado situações semelhantes.
Abs
Roberto Cabral

Anônimo disse...

Prezados amigos,

Como arbitro da FINA e CBDA posso garantir que nossas recomendações é dedicar o mesmo empenho que temos num jogo de infantil até o adulto. O que o meu amigo Roberto Cabral falou, e é certo, que num jogo de infanto não se espera que um atleta tenha uma atitude violenta. Nesta idade o atleta deveria se preocupar mais em aprender uma boa base de Pólo Aquático (física e moral) para o seu futuro no esporte. Hoje nossa realidade de arbitragem nesta categoria tem que ser educativa, pois muitas das vezes, o atleta não sabe nem bater uma falta (princípio básico do Pólo) e acabam caindo de para quedas em nossas mãos. É um fato a ser pensado pelos dirigentes atuais e futuros.

Edmundo Rodrigues
Arbitro FINA / CBDA

Anônimo disse...

Árbitros e dirigentes falaram,falaram e até agora não disseram o que efetivamente vai ser feito em relação ao que aconteceu em Santos, qual providência vai ser tomada.Não fazer nada é criar um precedente seríssimo para o futuro,principalmente tratando-se de categorias de base.
Paulo Roberto R. Carvalho

Vicente Senna disse...

Chega a ser engraçado ver gente pedindo punição pra um menino de 12 anos. Nossa CBDA e seus arbitros não punem ninguem. Na semi do sub-21 as equipes de Botafogo e Tijuca sairam no tapa com a participação dos dois bancos dentro da água (o que deveria acontecer quando os bancos caem na água para brigar?), e apenas dois atletas foram espulsos. Ou seja não houve punição pra ninguem. Abre o olho COB.

saudações

Vicente

Anônimo disse...

Nós lemos o que a senhora Márcia escreveu, e queriamos fazer um pequeno comentário. Do jeito que ela se expressou parece que o jogador numero 12 do Paineiras, é um monstro. Queríamos lembra-la de que ele tem apenas 13 anos de idade e todos que jogam e conhecem o esporte sabem muito bem que fatos como esses acontecem com qualquer um, nao que seja certo mas nao se pode dizer agora que todos os clubes sao santos e somente o Paineiras é agressivo. E nós como atletas do paineiras podemos afirmar que os técnicos nunca seriam capazes de incentivar um atleta a agredir o outro, como foi dito nos comentários.

Viviane e Mirella

Anônimo disse...

É, tem apenas 13 anos, mais já esta virando um marginal, saindo batendo, quando ele crescer, vcs acha que ele vai ser o quer ?! o papel do tecnico nessa categoria, é essencial, pois alem de ensinar o basico do polo, tambem tem a função de educar pra vida TODA, mais incentivar para brigar, esse comentario ai em cima, são jogadoras do paineiras que estão protegendo ele, queria ver se fosse voz no lugar do menino, mais percebemos uma coisa, é SEMPRE no paineiras , que coincidencia né ?! vamos ver a reação da CBDA, isso, que esta acontecendo, faz cada vez mais o polo, um esporte menos valorisado, ..

Abraços. Ronaldo, amante do polo aquatico bem jogado ²