Primeiramente, que esta postagem é de minha opinião pessoal, e não do Touca 14, sempre ao final de um campeonato/torneio, surgem neste blog comentários a favor e contra aos resultados finais tanto na área desportiva quanto nas condições de realização dos mesmos.
Eu particularmente queria fazer meu comentário/postagem atingindo modestamente a diversos pontos que presenciei neste último torneio, a que fui a praticamente todos os jogos.
Primeiramente parabéns ao Professor Ricardo Cabral na defesa da não demolição do Parque Aquático Júlio Delamare, pena que apenas ele na CBDA pense assim, pois o que já foi divulgado pela mídia o nosso Presidente Coracy Nunes, já aceitou a demolição deste, com a promessa de construção de um "NOVO JÚLIO DELAMARE", do outro lado da linha férrea, em terrenos do Exército Brasileiro, terrenos irregulares e menores do que o atual e infelizmente, sem preconceito, perto da Mangueira, área de risco, como nós todos sabemos, tanto é que podemos elencar as empresas/instituições que sairam de lá: KIBON, IBGE, Hospital Barata Ribeiro (municipal de ortopedia, quase desativado e etc)
Então já que o Júlio Delamare, é a casa do pólo aquático, porque não trazer de volta para o Rio de Janeiro, o Campeonato Pan Americano Júnior, pelo menos na categoria masculina, já que dos 21 atletas convocados, 13 são do Rio de Janeiro, porque antes a "desculpa oficial", e até aceitamos era a ainda não renovação pelos Correios do patrocínio, e tendo o ESPORTE CLUBE PINHEIROS, disposto a bancar todos os gastos desta competição. Agora temos a informação oficial, inclusive divulgada em boletim da CBDA, que o Pan Júnior 2008, foi transferido para o CLUBE PAINEIRAS DO MORUMBY, clube situado muito longe do Hotel Sede das delegações: o famoso HOTEL LORENA, tenho certeza que os atletas durante a semana de competição demorarão cerca de uma hora e meia para chegar até o referido clube. Não tenho nada contra o clube, mas a competição com certeza vai ficar esvaziada, porque não deixar lá somente o feminino, onde o Paineiras tem a maioria das atletas e da comissão técnica.
Além disso na corrida para que o Rio de Janeiro sedie a Olimpíada de 2016, doze itens são avaliados pelo EXECUTIVE BOARD DO COI. E o critério de avaliação é feita dando a nota chamada de MÁXIMA. Depois é inferido se há riscos e então se cria uma faixa, quando entra a nota dita MÍNIMA. E um dos itens é que chamamos de item 10: No Esporte, do ponto de vista quantitativo (eventos sediados) o Rio teve 8,5 só perdendo para Madri com 9. Em qualidade na gestão dos eventos (campeonatos realizados no Rio), Madri, Doha e Rio tiveram 7, Chicago e Tóquio 8. E a nossa CBDA em pleno ano de decisão para a escolha da sede da Olimpíada de 2016, porque não trás de volta para o Rio de Janeiro o PAN JUNIOR de 2008, vejam o comentário do COMITÊ ORGANIZADOR DO RIO DE JANEIRO: " Nos próximos campeonatos sul-americanos, pan-americanos e mundiais em 2008/2009 teremos que ser ainda mais eficientes, pois qualquer décimo de ponto vale muito na disputa entre as quatro cidades restantes."
Enquanto a estrutura da competição não vi nada que desse alguma crítica, o bar não funcionou quinta-feira à noite, não vejo tanto problema, estacionamento: R$ 5,00 (cinco reais), é melhor pagar e ter estacionamento do lado da piscina, não tendo que ficar como nos clubes com os carros na rua, sem garantia de segurança, e em locais perigosos na saída. Realmente o Parque Aquático Júlio Delamare é a melhor piscina para Pólo Aquático, talvez uma das cinco melhores do mundo. Vejam as piscinas da Europa, a maioria do início do século passado.O único senão é um problema ainda difícil de ser resolvido é da rodada de sexta-feira de manhã para os atletas que trabalham.
Agora queria expor um pouco em relação a arbitragem e ao comportamento do público em geral:
Em relação a arbitragem, repito aqui as palavras ditas por quem pode opinar, que são os jogadores, neste caso o brasileiro que atua na Europa: Vicente Henrique: " Declaração de Vicente Henriques ao site da CBDA:- O Carlinhos (técnico Carlos Carvalho) me convidou e aceitei por ser um projeto novo. Fiquei admirado com a união da equipe e gostei muito da competição, principalmente do nível técnico da arbitragem e dos times, que aumentou bastante desde a última vez que joguei no Brasil, há dois anos. ". Existem dois comentários sobre a arbitragem no post do Professor Ricardo Cabral, um do Professor Antônio Canetti do Flamengo, outro feito por um anônimo, mas que pelo discurso parece ser pessoa ligada a administração da CBDA, reconhecendo a fragilidade de atuação da Comissão de Arbitragem, tendo em vista que hoje o Flamengo tem um membro na diretoria da CBDA na área de pólo aquático, que sabe ele não comece a atuar para o aperfeiçoamento desta Comissão, respaldado por parte da Diretoria de Pólo Aquático da CBDA.
Em relação ao público, causou constragimento a atitude de certos jogadores de equipes tanto vencedoras quanto perdedoras que ficaram berrando palavrões o tempo todo, bem como pessoas ligadas a jogadores e comissão técnica que pareciam extravasar frustações pessoais e profissionais suas e de seus companheiros, filhos e amigos em cima da arbitragem. Pessoas que passam no dia a dia do pólo aquático, uma imagem de família, dedicação ao pólo aquático com uma missão de vida, um comportamento "politicamente correto", mas que realmente na hora do jogo, se descontrolam. Podemos contestar até as atitudes dos árbitros e condená-las. Mas neste campeonato descambou as ofensas para o lado pessoal destes, além da agressividade voltada em relação a profissionais que estão do outro lado, apenas realizando seu trabalho. Sem contar e sem falso moralismo que havia diversos menores até irmãos e primos de atletas que presenciaram esta verdadeira balbúrdia.
Fico pensando se algum patrocinador fosse para a arquibancada, analisar se valia a pena injetar recursos financeiros no pólo aquático brasileiro, sairia correndo do Júlio Delamare, para nunca mais colocar os pés lá.
Infelizmente este é o retrato atual do pólo aquático que devemos tentar mudar já, se não futuramente com certeza teremos um, dois ou três clubes disputando um brasileiro.
Luís Fernando Scherma Reis
2 comentários:
Muito sensatos os seus comentários, Luís. No final da temporada de 2007 eu fiz aqui um comentário sobre uma impressão semelhante que tive ao assistir às finais do João Havelange e Taça Correios. Muitas ofensas e reclamações à arbitragem e aos adversários que só diminuíram obrilho dos campeonatos e das equipes vitoriosas. Tanto na piscina fechada do Pinheiros, quanto na Escola Naval, onde uma das arquibancadas fica muito próxima aos bancos de reservas, ouve-se tudo o o treinador e os atletas falam, e a impressão que ficou é que em ambos os torneios foram ganhos com roubo, devido à quantidade e intensidade de ofensas que se ouviu. É um apena, pois foram dois excelentes jogos com uma vitória para cada lado. Como você mesmo disse, fico imaginando a impressão que o patrocinador teria do esporte se assistisse a essas partidas.
Não assisti a muitos jogos desta Taça Brasil, mas pelo seu comentário presumo não ter sido muito diferente dos últimos torneios. Em uma partida que joguei, disputada entre Guanabara e Flamengo, um atleta da minha equipe (GB) foi expulso (com toda a justiça) no 2º quarto por xingar (em um volume que certamente todos os presentes ouviram) um atleta da mesma equipe. Além de prejudicar o GB, o ato foi um desrespeito ao colega, ao público, aos patrocinadores, e a todos que se esforçam para promover o crescimento e a divulgação do pólo-aquático. Lamentável.
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