segunda-feira, 19 de março de 2012

O rugby invade a Baixada


No país do futebol, um grupo de jovens da Baixada Fluminense fundou um time de Rugby. Em bom português râguebi, uma espécie de variação do futebol, onde uma bola oval é conduzida pelos jogadores com as mãos. O esporte teria surgido, inicialmente na cidade inglesa de Rugby, em 1823.

O time da região não tem tanto tempo assim, claro. Foi criado há quatro anos através do Orkut, incentivado pela copa do mundo de 2007.

Para o criador do time, Vitor Magalhães, a copa aflorou nos jovens o desejo de conhecer mais o esporte e a pesquisar sobre o assunto. Mas, para tristeza geral, não existia rugby na região.

— Queríamos treinar, mas só existiam clubes na Zona Sul. Então lancei no Orkut a semente: "Rugby em Nova Iguaçu, por que não?" De repente a galera foi chegando, de vários municípios e, em 2008, fundamos o Maxambomba Rugby Clube — conta Vitor.

Para dar uma mãozinha, $época, Marcelo Rodrigues, jogador do Guanabara Rugby, de Copacabana, estabececeu residência em Nova Iguaçu e se ofereceu para ser o técnico do time laranja e branco.

Em quatro anos de vida, o Maxambomba participou de três campeonatos estaduais: em 2009, não conseguiu completar por falta de estrutura financeira; em 2010 foram os vice-campeões estaduais e, no ano passado, voltou a cair, ficando com a 4ª colocação na série B.

O objetivo do jogo é simples. Os jogadores devem ultrapassar a linha de fundo adversária e tocar a bola no chão, o que vale cinco pontos e dá direito a um chute extra, que deve passar entre as traves e vale dois pontos. Os jogadores são erguidos para alcançar a bola nos laterais; os passes têm que ser dados para trás, mas pode-se chutar para frente; e há três linhas de impedimento num mesmo momento.

Esporte atrai ambos os sexos

Quem observa o jogo, pela primeira vez, acha o esporte violento. Mas, apesar de ser um jogo de contato, eles defendem que não é bruto como parece. Elas também: seis meninas integram a equipe Maxambomba.

Tatiane Ribeiro Moura, de 18 anos, descobriu o esporte através de amigos. Ela queria emagrecer e não é que deu resultado?

— Em dois anos perdi oito quilos — comemora.

Já a capitã do time, Jéssika Campos, de 19 anos, explica a escolha:

— Nunca me encaixei em nenhum tipo de esporte coletivo. No rugby encontrei contato e velocidade e acho que estou me enquadrando bem — diz.

O preparador físico do time Niger Morie, de 29 anos, garante que ele é muito menos violento em termos de lesão do que outras modalidades.

— O preparo físico visa a aproximar ao máximo a potência, força, velocidade e agilidade — comenta Niger Morie.


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