No país do futebol, um grupo de jovens da Baixada Fluminense fundou um time de Rugby. Em bom português râguebi, uma espécie de variação do futebol, onde uma bola oval é conduzida pelos jogadores com as mãos. O esporte teria surgido, inicialmente na cidade inglesa de Rugby, em 1823.
O time da região não tem tanto tempo assim, claro. Foi criado há quatro anos através do Orkut, incentivado pela copa do mundo de 2007.
Para o criador do time, Vitor Magalhães, a copa aflorou nos jovens o desejo de conhecer mais o esporte e a pesquisar sobre o assunto. Mas, para tristeza geral, não existia rugby na região.
— Queríamos treinar, mas só existiam clubes na Zona Sul. Então lancei no Orkut a semente: "Rugby em Nova Iguaçu, por que não?" De repente a galera foi chegando, de vários municípios e, em 2008, fundamos o Maxambomba Rugby Clube — conta Vitor.
Para dar uma mãozinha, $época, Marcelo Rodrigues, jogador do Guanabara Rugby, de Copacabana, estabececeu residência em Nova Iguaçu e se ofereceu para ser o técnico do time laranja e branco.
Em quatro anos de vida, o Maxambomba participou de três campeonatos estaduais: em 2009, não conseguiu completar por falta de estrutura financeira; em 2010 foram os vice-campeões estaduais e, no ano passado, voltou a cair, ficando com a 4ª colocação na série B.
O objetivo do jogo é simples. Os jogadores devem ultrapassar a linha de fundo adversária e tocar a bola no chão, o que vale cinco pontos e dá direito a um chute extra, que deve passar entre as traves e vale dois pontos. Os jogadores são erguidos para alcançar a bola nos laterais; os passes têm que ser dados para trás, mas pode-se chutar para frente; e há três linhas de impedimento num mesmo momento.
Esporte atrai ambos os sexos
Quem observa o jogo, pela primeira vez, acha o esporte violento. Mas, apesar de ser um jogo de contato, eles defendem que não é bruto como parece. Elas também: seis meninas integram a equipe Maxambomba.
Tatiane Ribeiro Moura, de 18 anos, descobriu o esporte através de amigos. Ela queria emagrecer e não é que deu resultado?
— Em dois anos perdi oito quilos — comemora.
Já a capitã do time, Jéssika Campos, de 19 anos, explica a escolha:
— Nunca me encaixei em nenhum tipo de esporte coletivo. No rugby encontrei contato e velocidade e acho que estou me enquadrando bem — diz.
O preparador físico do time Niger Morie, de 29 anos, garante que ele é muito menos violento em termos de lesão do que outras modalidades.
— O preparo físico visa a aproximar ao máximo a potência, força, velocidade e agilidade — comenta Niger Morie.
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