sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O obscuro controle oficial da verba pública para o esporte

Ao dar crédito às mensagens recebidas, cujas indagações transcrevo mas preservo o nome dos remetentes, lembro que é, de fato, obscura a realidade das finanças do esporte olímpico brasileiro.

Temos o balanço anual da Lei Piva, mas de resto não há visibilidade para o uso das verbas públicas pelas confederações.

E os patrocinadores estatais também não se esforçam em demonstrar como seus investimentos contribuem para a evolução do esporte em seu processo integral e não de rendimento exclusivo.

A recente declaração do ginasta Diego Hypólito – na mensagem anterior – de que “não recebe da Confederação” é oportuna para voltar ao assunto.

Na memória: Diego não está isolado.

Quando retornou ao Brasil com a medalha de ouro olímpica, o nadador Cesar Cielo também declarou que a conquista não era mérito da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, pois não recebera qualquer contribuição para seus treinos.

Depois, atendido em sua pretensão, mudou o discurso, mas deixou o depoimento histórico.

Atento a essas manifestações, volto aos questionamentos de sempre:

1. se a maioria dos clubes ou pais são responsáveis pela formação do atleta, como me afirmam, e nele fazem investimentos principalmente nas categorias de base;


2. se o Comitê Olímpico Brasileiro investe milionários recursos da Lei Piva nas confederações, conforme demonstrações que faz, anualmente;


3. se as estatais (Banco do Brasil, Caixa, Petrobras, Infraero, Casa da Moeda, BNDES, Correios e Eletrobras) investem milhões em projetos de 20 confederações;


4. se a Lei de Incentivo turbina os cofres de várias confederações, natação entre elas;


5. se o Ministério do Esporte também destina milhões às confederações para “preparação de atletas para eventos internacionais”...


6. para que projetos são aplicados todos esses recursos?


7. os atletas das categorias “iniciação”, “menores” e juvenis” são contemplados nos programas da diferentes confederações?


8. por se tratar de verba pública, o Ministério do Esporte tem o controle desses investimentos?


9. o Tribunal de Contas da União audita o uso desses recursos ou apenas os da Lei Piva?


10. e como explicar que o Ministério do Esporte, mesmo com o orçamento em dia, não paga nem sequer a Bolsa Atleta de 2010 para mais de 100 competidores que vão ao Pan de Guadalajara, mas já anuncia a inscrição para os bolsistas de 2011?


Mas, enfim, somos um país olímpico.


Postagem do blog do Jose Cruz situado no www.uol.com.br - 08/05/2011 - às 07h21


A postagem acima de uma pessoa isenta, como o jornalista José Cruz demonstra que o manta repetido pela gerência de polo aquático da CBDA que não existe recursos para treinamento mais longo no Brasil e no exterior é mentira, obviamente que a CBDA distribui a maior parte da verba para a natação, deixando os outros esportes aquáticos sem verba necessária para o crescimento de cada um. Daí a necessidade de uma maior autonomia para os outros esportes, que infelizmente as pessoas envolvidas com o polo aquático não querem reconhecer.

Um comentário:

Anônimo disse...

De acordo com a nossa Carta Magna, o TCU sempre deverá acompanhar quando recursos públicos federais estiverem envolvidos, essa competência também está expressa na Lei Organica do TCU-LOTCU, por isso o TCU é designado a Corte das Contas.
Grato. Guga - Goleiro do TTC