quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Goleiro da seleção de polo troca Mundial para ajudar trânsito caótico de SP

Reportagem publicada hoje (31/08/2001 - às 7:00 horas ) no portal da UOL pelo jornalista Gustavo Franceschini

O goleiro da seleção brasileira de polo aquático não trabalha só dentro das piscinas, mas isso não faz dele uma exceção no esporte. O diferencial de Luís Maurício Capelache é justamente onde ele fica no horário comercial. Atleta com histórico de participação em grandes competições, ele é engenheiro na CET, a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo.Luís Maurício leva a “vida dupla” desde 2006, quando ingressou na CET por meio de um concurso público. Apesar de contar com a compreensão da diretoria do órgão, o jogador às vezes sofre para conciliar as profissões. Neste ano, por exemplo, não pôde acompanhar o Brasil no Mundial de Desportos Aquáticos, na China, por conta do emprego.“O que eu conversei com o Goran Sablic [croata que treina a seleção] é que não poderia sair em julho e também para o Pan. Deixei bem aberto para ele. Ele falou que preferia que fosse para o Pan, que é um campeonato de importância menor em nível mundial, mas mais importante para o Brasil. Pela visibilidade e também pela vaga olímpica”, disse Luís Maurício, em conversa com o UOL Esporte.O goleiro explicou que não chegou a haver um veto da CET. Ciente da proximidade das duas competições (o Mundial foi em julho e o Pan é em outubro), ele preferiu não se afastar do emprego por tanto tempo.“A CET entende bem. No começo eu usava muito as minhas férias, mas tiveram algumas vezes que as férias não batiam com as competições, e aí eles acabaram me liberando. Mas eu tento evitar. Dessa vez, eu não quis fazer isso. Não adianta eu ser um profissional e ficar viajando toda hora. E aí acabei optando pelo Pan”, disse Luís Maurício, que sonha em disputar seus primeiros Jogos Olímpicos.Aos 31 anos, ele está no polo aquático desde os 13 anos. Começou no Internacional, na cidade de Santos, até ser convidado pelo Pinheiros. No time da capital paulista desde 1998, ele conciliou o trabalho como atleta com a faculdade de engenharia no Mackenzie.Quando entrou na CET, cuidava da manutenção da frota do órgão. Nos últimos meses, trocou de função e hoje supervisiona o departamento de serviços administrativos da empresa.

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