domingo, 12 de junho de 2011

Prazo apertado para entregar piscina de 2016 faz Rio desistir de Mundial

Parque aquático de 2016 não ficará pronto antes
do Mundial de 2015 (Foto: COB)

Presidente da Federação Internacional de Natação afirma que o Brasil não se candidatará, porque parque aquático não ficaria pronto em meado de 2015

A chance do Rio de Janeiro de sediar a principal competição de esportes aquáticos em 2015 está descartada. Neste sábado, o presidente da Federação Internacional de Natação (Fina), o uruguaio Júlio Maglione, afirmou que o Brasil desistiu de receber o Mundial um ano antes dos Jogos Olímpicos, porque o novo parque aquático, do projeto Rio-2016, não ficará pronto a tempo. O Maria Lenk também não poderia ser utilizado, pois não atende todas as exigências da entidade internacional.

Em abril de 2010, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) enviou uma carta para a Federação Internacional de Natação (Fina) confirmando o interesse em disputar o direito de sediar o Mundial de Esportes Aquáticos de 2015, no Rio de Janeiro. A ideia é que a competição servisse de evento-teste para os Jogos Olímpicos de 2016. Para isso, o projeto olímpico para os esportes aquáticos seria redimensionado e as duas piscinas passariam a ser permanentes.

A intenção de sediar a competição acabou empacando na previsão de entrega do novo parque aquático. Integrante da comissão de coordenação dos Jogos Olímpicos de 2016, Júlio Maglione esteve no Rio esta semana e comentou sobre a desistência do Rio. Agora, quatro candidatas seguem na disputa: Guangzhou (China), Hong Kong (China), Guadalajara (México), Kazan (Rússia).

- Foi sugerido ao Brasil a opção de realizar o Mundial de 2015. Mas não teria condições, porque parece que a piscina não vai estar pronta para 2015, vai estar uns meses depois – disse Maglione, durante o Campeonato Estadual, neste sábado, no Júlio Delamare.

julio maglione presidente da FINA (Foto: Fina.org)
Maglione esteve no Rio esta semana (Foto: Fina.org)

Embora tenha sediado o Pan Rio-2007, o Maria Lenk não pode substituir o parque aquático olímpico. A instalação não atende todas as exigências da Federação Internacional para receber disputas mundiais e olímpicas de natação.

- Para ser sede de Mundial, tem que ter as mesmas condições que para uma Olimpíada – explicou Maglione, que neste sábado viaja para a cidade de Kazan, na Rússia.

O presidente, que durante a semana vistoriou várias obras do projeto Rio-2016, mostrou otimismo com as Olimpíadas do Brasil, mas também alertou para maior atenção no transporte e na hotelaria.

- O Rio tem grandes desafios ao meu ver de transporte e tem que aumentar as acomodações em hoteis para os Jogos Olímpicos. Mas está trabalhando muito bem. Se puder cumprir com tudo, que eu creio que irá cumprir, vamos ter aqui grandes Jogos Olímpicos.

Matéria retirada do site: www.globoesporte.com, desta data - às 16:37 horas

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