Os repórteres Daniel Brito e Eduardo Ohata analisam sobre os recursos das loterias federais repassados ao Comitê Olímpico Brasileiro. Na Folha de S.Paulo, hoje.
Conhecida como “Lei Agnelo Piva” – 2% das loterias vão para os olímpicos e paraolímpicos – a verba cresce anualmente, mas cai o percentual destinado às confederações. Mais: reduz, também, o recurso aplicado no desporto escolar e universitário
O assunto “dinheiro do esporte” é aqui debatido constantemente. E está cada vez mais evidente a estatização dos recursos para o alto rendimento, porém sem rumos definidos a partir da área governamental.
Não se pode ignorar que as loterias são apenas uma das fontes para o esporte: orçamento da União, Lei de Incentivo, Bolsa Atleta, patrocínios de oito estatais reforçam o caixa do esporte de rendimento, o que pode justificar a redução dos repasses do COB às confederações.
Paralelamente, crescem as lamúrias do lado de baixo do esporte, os atletas iniciantes e seus técnicos. O chavão se repete: “o dinheiro não chega na base”. E isso revela como ainda somos amadores. Sobram recursos e falta um trabalho integrado de doadores e gestores.
O Ministério do Esporte até que tenta, agora, fazer esse papel. Em vão. Não tem independência, é um órgão político, burocrático e, principalmente, sujeito às determinações dos gerentes da economia nacional.
Por tudo isso, somos um país olímpico, riquíssimos em recursos humanos e financeiros e ainda extremamente frágeis na elementar estrutura esportiva, que tem séculos de história.
Blog do José Cruz desta data - às 10:41 horas
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