sexta-feira, 25 de março de 2011

ABPA - matéria no site Globoesporte.com


Abaixo, matéria publicada nesta data no site: http://www.globoesporte.com/

Inspirados no NBB, clubes de polo querem criar liga independente
Não reconhecida pela CBDA, associação quer autonomia no calendário
O exemplo bem-sucedido da Liga Nacional de Basquete, que criou o NBB, vem servindo de inspiração para alguns dos principais clubes de polo aquático do país, que também pretendem criar uma associação independente no esporte. Um detalhe, porém, promete fazer toda a diferença. Enquanto o primeiro tem a chancela da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), o outro terá dificuldades para conseguir o reconhecimento do órgão que rege a modalidade, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Não é de hoje que boa parte dos principais clubes de polo aquático do país se mostra descontente com a forma como o esporte vem sendo administrado. As reclamações vão desde o calendário de competições até a captação de investimento e exposição na mídia. Há cerca de um mês, no entanto, um grupo liderado pelo Pinheiros, em São Paulo, e pelo Fluminense, no Rio de Janeiro, resolveu colocar em prática a vontade de criar uma associação independente.

- Os amantes do polo aquático estão entendendo que o nosso esporte está acabando da maneira que está sendo conduzido. A associação está sendo criada não para confrontar com a CBDA, mas para que a gente possa trazer algo para os clubes, para os atletas. A ideia é ter um calendário mais longo e bem definido, poder tratar melhor a área de marketing, captar recursos, desonerar um pouco os clubes... – explicou Ricardo Martins, vice-presidente de esportes olímpicos do Fluminense.

Uma reunião na sede social do Pinheiros, no início do mês, foi o ponto de partida. Com a presença de representantes de vários clubes, principalmente de São Paulo, foram discutidos na ocasião os objetivos e as questões burocráticas para a criação da Associação Brasileira de Polo Aquático, a Abapa. Na semana passada, uma nova reunião foi realizada na sede do Fluminense para apresentar o projeto aos clubes cariocas que não puderam participar do primeiro encontro, como o Flamengo e o Tijuca.

Segundo Ricardo Martins, cerca de 80% dos clubes estão dispostos a fazer parte da nova liga. Assim como na Liga Nacional de Basquete, que recebeu a chancela da CBB, a Abapa espera ter o respaldo da CBDA. O dirigente deixa claro, no entanto, que a criação da associação não depende da aprovação da entidade.
- Esse é o nosso objetivo deste que a CBDA queira. Que a associação vai acontecer, isso não tenha a menor dúvida, independentemente se eles vão apoiar ou não. Seria importante ter esse apoio, mas isso não interfere em nada.
A entidade não parece disposta a apoiar a iniciativa. Em nota oficial divulgada em seu site, a CBDA deixa claro que “não reconhece a criação da Associação Brasileira de Polo Aquático" e que entende que "esta é uma iniciativa ilegal e sem propósito”.

O assunto, porém, não deve ser encerrado por um bom tempo. Esta semana, o diretor de polo aquático da CBDA, Dr. Jorge Pagura, pediu demissão do cargo. A polêmica sobre o movimento e a escolha de um novo nome para o comando do esporte deverão ser alguns dos tópicos discutidos na reunião marcada pela CBDA para a próxima terça-feira.

Um comentário:

PEDRINHO / SANTOS-SP disse...

Para que fique registrado e claro a todos que vierem a ler esse comentário: FALO EM MEU NOME, QUE PAGA RELIGIOSAMENTE TODOS OS IMPOSTOS NESSE PAIS.
"A formação da ABPA trará sem dúvida uma nova era para o nosso polo-aquático, pois está sendo criada/formada por clubes e pessoas que além de conhecerem profundamente esse desporto são desprovidos de interesses pessoais, regionais ou clubísticos. Na realidade são os eternos APAIXONADOS pelo POLO-AQUÁTICO.
Chegou enfim a hora, é agora !
Não há justificativa alguma que explique o descaso das autoridades nos últimos trinta e tantos anos, i.é, o descaso das entidades oficiais que são responsáveis por esse desporto no BRASIL, que não dão apoio aos clubes, que não propiciam intercâmbio, que não montam um calendário condizente com as necessidades de melhoria do nível dos nossos atletas, que não tem compromisso com planejamento, que não tem verba (para o polo-aquático...), que não tem projeto ou programa para desenvolvimento e fortalecimento de novos jogadores e novos talentos, entidade(s) que criam e realizam campeonatos com custos "absurdos" para os clubes que são os formadores e mantenedores dos atletas, entidade(s) que geram e trazem como consequência ao nosso Brasil de quase 200 milhões de habitantes, a angustia de não conseguir desde 1984 (quando só jogou a olímpiada por convite da FINA com a desistência dos países da antiga cortina de ferro), uma vaga para participar dos jogos olímpicos...
Quantas gerações de aquapolistas a mais teremos que “perder” para que as coisas mudem ?
ABPA vamos juntos rumo aos novos e gloriosos dias para o nosso polo-aquático !
Pedrinho (ex-jogador, agora jogador master de polo-aquático 60+) diretamente de Santos-SP."