"Clodoaldo,
Nesta ultima terça tive mais uma vez a oportunidade, de poder assistir como avaliador, a um
jogo interessante (pelo menos deveria ser) entre equipes do BFR X FFC. Na minha opinião, os
árbitros foram bem, cumprindo de forma satisfatória os conceitos difundidos pela FINA. Antes
do jogo em conversa com os mesmos, alertei-os de duas preocupações para que a partida
pudesse transcorrer-se normalmente. Primeiro, que a disciplina fosse mantida, e segundo, que
os mesmos usassem os critérios da FINA, ou então que usassem critérios iguais, de modo
a que tanto jogadores e técnicos os entendessem, mas que jamais utilizassem critérios
individuais.
Mas é sobre outro aspecto observado na arbitragem, junto com meu irmão que foi o
Delegado da partida, que eu gostaria de comentar, que são os que envolvem os conceitos
de “Simulação, provocação e reação”. Estes conceitos tem sido cobrado pela FINA, mas que não estão sendo aplicados por alguns árbitros internacionais e nacionais.
Simulação
Deve ser aplicado quando o árbitro perceber que o atleta esteja usando de recursos para
tentar induzi-lo a uma aplicação que não esteja de fato acontecendo. A punição pode passar
por uma falta de reversão, cartão amarelo para toda equipe e vermelho para quem insistir.
Ex: Quando o jogador de centro se move para cima do adversário ou fica se afundando
repetidamente.
Provocação
Ocorre a provocação, quando um atleta usa o adversário para receber uma falta a seu favor.
Ex: Muito comum em mudança de ataque, aonde o centro da jogada anterior passar a ser o
defensor e o marcador passar a ser o atacante.Quem nunca viu aquela "embolação” quando o
goleiro vai cobrar ou já cobrou o tiro de meta? Quando acontece uma ou duas vezes o árbitro
pode optar pela vantagem, se a bola não estiver mais com o goleiro. Mas se ocorrer com
freqüência na partida o árbitro tem que se posicionar, ou dando contra falta, ou expulsando o
defensor ou ambos, mas tem que ser alguma coisa!
Reação
É quando o atleta, por falta de opção, por não ter sido identificada pelo árbitro uma
provocação, se vê obrigado a fazer a falta, para desespero dele e do seu técnico.
Mas para finalizar só um lembrete: "A OBRIGAÇÃO DE MOSTRAR AO ÁRBITRO QUE NÃO ESTA COMETENDO A FALTA É SEMPRE DO JOGADOR”.
Roberto Cabral
Coordenador de Arbitragem da Liga"
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