O presidente Lula assinará, na segunda-feira, medida provisória que dará ao governo mais poder sobre o esporte no país. De financiador, o Estado passará a coordenador de plano nacional voltado para as Olimpíadas de 2016.
Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva, a atuação do governo vinha sendo "tímida". Ele nega que as confederações percam autonomia.
Medidas do novo esporte brasileiro: As principais mudanças do pacote proposto pelo Ministério do Esporte:
1 - O governo federal deixa de ser mero financiador do esporte olímpico brasileiro e passa a ter poder de decisão nas estratégias das confederações;
2 - Os dirigentes terão de apresentar metas e mostrar qual o percurso têm em mente para atingir esses objetivos;
3 - A aprovação de convênios com o governo federal, entre outros benefícios, passarão pela coordenação do governo para o esporte;
4- Emendas parlamentares referentes ao setor(construção de quadras, piscinas e etc) também passarão pelo filtro do planejamento do governo;
5 - O foco dos técnicos do alto rendimento do ministério passará dos programas (lei de incentivo fiscal, convênios e etc) para as modalidades, acompanhando e eventualmente intervindo no dia a dia de dirigentes e atletas;
6 - O programa Bolsa Atleta permitirá que os esportistas tenham patrocínio, até então vetado; haverá monitoramento de treino e antidoping, inclusive fora de competição, feitos pelo governo.
Este planejamento do Governo mostra pontos de ingerência nas Confederações, sobretudo no que se refere à liberação e à utilização de recursos de verbas estatais. Técnicos do Ministério do Desporto que anteriormente se especializavam em programas da pasta, agora foram divididos por esportes. A idéia é que acompanhem o dia a dia das modalidades e atuem nelas de forma incisiva. Serão incentivados a dar sugestões que, ao menos no seu entender, possam ajudar a modalidade. A idéia será, então discutida por COB, Ministério e Confederação.
O ministro Orlando Silva Júnior defende que as verbas governamentais direcionadas ao esporte deveriam ser triplicadas para o Brasil chegar à Olímpiadas de 2016, como potência olímpica: "O Estado deixa de ser apenas um provedor e agora planejará junto com o COB e confederações o ciclo olímpico:
" Somados recursos da Lei Piva, Bolsa Atleta, Lei de Incentivo Fiscal, o ciclo de preparação para Pequim consumiu US$ 300 milhões. China e Reino Unido gastaram uns US$ 2 bilhões.
Mas ele destaca a necessidade de ter transparência na gestão do esporte, a sociedade apoiará esse investimento: " Só que o contribuinte vai querer ver para onde vai seu dinheiro. Por isso é bom esse acompanhamento."
Para imprimir mais profissionalismo ao esporte, discute-se no governo a idéia de cartolas ganharem salários.
Outra novidade é um sistema de metas gerenciais para as confederações às quais serão atribuídos pontos. Uma orientação é a limitação de reeleições para os dirigentes.
Serão considerados outros itens, como número de praticantes, resultados em torneios internacionais e detalhes comerciais, como a exibição ou não de seus eventos na TV, entre outros.
Matéria retirada do jornal Folha de São Paulo do dia 18 de setembro de 2010 - sábado - caderno de esportes.
Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva, a atuação do governo vinha sendo "tímida". Ele nega que as confederações percam autonomia.
Medidas do novo esporte brasileiro: As principais mudanças do pacote proposto pelo Ministério do Esporte:
1 - O governo federal deixa de ser mero financiador do esporte olímpico brasileiro e passa a ter poder de decisão nas estratégias das confederações;
2 - Os dirigentes terão de apresentar metas e mostrar qual o percurso têm em mente para atingir esses objetivos;
3 - A aprovação de convênios com o governo federal, entre outros benefícios, passarão pela coordenação do governo para o esporte;
4- Emendas parlamentares referentes ao setor(construção de quadras, piscinas e etc) também passarão pelo filtro do planejamento do governo;
5 - O foco dos técnicos do alto rendimento do ministério passará dos programas (lei de incentivo fiscal, convênios e etc) para as modalidades, acompanhando e eventualmente intervindo no dia a dia de dirigentes e atletas;
6 - O programa Bolsa Atleta permitirá que os esportistas tenham patrocínio, até então vetado; haverá monitoramento de treino e antidoping, inclusive fora de competição, feitos pelo governo.
Este planejamento do Governo mostra pontos de ingerência nas Confederações, sobretudo no que se refere à liberação e à utilização de recursos de verbas estatais. Técnicos do Ministério do Desporto que anteriormente se especializavam em programas da pasta, agora foram divididos por esportes. A idéia é que acompanhem o dia a dia das modalidades e atuem nelas de forma incisiva. Serão incentivados a dar sugestões que, ao menos no seu entender, possam ajudar a modalidade. A idéia será, então discutida por COB, Ministério e Confederação.
O ministro Orlando Silva Júnior defende que as verbas governamentais direcionadas ao esporte deveriam ser triplicadas para o Brasil chegar à Olímpiadas de 2016, como potência olímpica: "O Estado deixa de ser apenas um provedor e agora planejará junto com o COB e confederações o ciclo olímpico:
" Somados recursos da Lei Piva, Bolsa Atleta, Lei de Incentivo Fiscal, o ciclo de preparação para Pequim consumiu US$ 300 milhões. China e Reino Unido gastaram uns US$ 2 bilhões.
Mas ele destaca a necessidade de ter transparência na gestão do esporte, a sociedade apoiará esse investimento: " Só que o contribuinte vai querer ver para onde vai seu dinheiro. Por isso é bom esse acompanhamento."
Para imprimir mais profissionalismo ao esporte, discute-se no governo a idéia de cartolas ganharem salários.
Outra novidade é um sistema de metas gerenciais para as confederações às quais serão atribuídos pontos. Uma orientação é a limitação de reeleições para os dirigentes.
Serão considerados outros itens, como número de praticantes, resultados em torneios internacionais e detalhes comerciais, como a exibição ou não de seus eventos na TV, entre outros.
Matéria retirada do jornal Folha de São Paulo do dia 18 de setembro de 2010 - sábado - caderno de esportes.
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