CBDA se manifesta sobre o Sul-Americano

"Em primeiro lugar, esse resultado não foi tão surpresa quanto alguns estão achando. É claro que fomos para ganhar e poderíamos até termos ganho. Entetanto, optamos, como já haviamos anunciado por iniciarmos o processo de renovação visando 2016, o que era aguardade com ansiedade por muitos.Os atletas novos foram muito bem, perdendo um pouco mais no desenvolvimento físico o que no polo faz a diferença. Fomos com uma seleção com média de idade de 20 a 21 anos, com alguns bem abaixo de 20, o que foi motivo de elogiosos comentários por parte de membros da FINA que estavam presentes e que reconheceram que o Brasil está no caminho certo para 2016. Outros mais novos serão integrados nas viagens treinos que faremos em Setembro 2010 e em Fevereiro 2011.Participaremos, ainda, de todas as competições internacionais que nos classificarmos.
Nossa preocupação era com a classificação para o Pan-Americano, classificatório também para o Pré´-Olímpico e, a não classificação, poderia prejudicar o planejamento para a primeira parte da subida à 2016.
Para a América do Sul, a NÃO vitória do Brasil e a vitória da Argentina pode ser considerada uma coisa boa, porque os Argentinos, mais uma vez, viajaram por conta própria, arcando como sempre fazem com seus próprios custos. Isso que pode causar uma virada em relação aos investimentos na modalidade por lá. A Venezuela e a Colômbia estã fazendo investimentos, sendo que a primeira passou uma temporada na Europa antes da competição, e ambas já estão com compromissos agendados no Brasil para treinos com a seleções nacionais e clubes.
Lançamos uma proposta ousada como fazer na América do Sul uma espécie de Mercosul no polo aquático, onde os atletas poderiam participar de competições em outros países sem serem considerados estrangeiros, é claro, num número limitado. A CONSANAT já está trabalhando com essa possibilidade que poderá contribuir para o desenvolvimento do polo na América do Sul. Temos uma programação fechada até 2012 e um planejamento até 2016.
Com a chegada do Gorán, vamos passar por um processo de adaptação ( técnico- atletas-técnico) aos seus conceitos de treinamento que, em princípio, serão bem fortes necessitando de maior tempo para preparação. Um outro problema é a adequação dos treinos com as competições estaduais que não podemos desprestigiar, muito pelo contrário.
Finalizando, a CBDA, através de sua Presidência, tem mostrado que está empenhada em desenvolver a modalidade e várias ações tem sido feitas para isso ( Liga Nacional, contratação de técnicos, aumento da comissão técnica, ajuda de custo aos atletas, aquisição de equipamentos, treinos internacionais, participação na Liga Mundial...).
Acho que chegou o momento de acreditarmos que as coisas darão certo, mas sem abrirmos mão das críticas e sugestões.
O que mais escuto na borda da piscina é que os envolvidos no polo aquático deveriam estar mais unidos em torno de um objetivo comum. Por enquanto o discurso está muito longe da prática.

Abs

Ricardo Cabral
Supervisor Geral de Polo Aquático"