domingo, 13 de dezembro de 2009

Goran Sablic analisa o polo aquático brasileiro

O técnico croata Goran Sablic, campeão da II Liga Nacional com o Pinheiros, produziu um relatório de 20 páginas, abordando dez aspectos que ele considera fundamentais para se fazer um diagnóstico do momento atual do polo aquático brasileiro, assim como de se pensar perspectivas para um desenvolvimento futuro. Intitulado Polo Aquático no Brasil - Presente e Futuro, o relatório de Sablic é bastante abrangente, indo desde uma análise da situação atual, até a apresentação de um projeto para o descobrimento de talentos, passando pela arbitragem, organização da Liga Nacional, projeto para 2016, entre outros. Escrito em uma linguagem franca e direta, Sablic não se furta em dar sua opinião sobre todos os aspectos do polo brasileiro e, muitas vezes, complementa essas opiniões com sugestões. Com certeza, algumas de suas afirmações vão causar polêmica, quando, por exemplo, afirma que "os atletas brasileiros de polo aquático recebem remuneração excessiva comparados aos europeus" (uma vez que treinam muito pouco, segundo ele) ou, no caso da arbitragem, ao afirmar que "o nível dos árbitros brasileiros está bem acima do nível dos técnicos e jogadores daqui".
É um documento muito interessante, com a visão de um profissional de 1º nível que já trabalhou em sete países, tendo recentemente em seu currículo o cargo de técnico principal do Japão, e que deve ser lido e discutido por todos aqueles que querem que o polo aquático se desenvolva no Brasil. Para baixar o relatório de Sablic na íntegra, clique aqui (doc 2009,12,10,5435.pdf).
O empenho na elaboração de um documento tão amplo e preciso acaba suscitando a seguinte pergunta: será que o tão falado técnico estrangeiro da Seleção Brasileira masculina já está escolhido?

31 comentários:

Vicente Senna disse...

O relatório é muito bom. Só que 90% dos pontos abordados, os treinadores brasileiros vem falando a muitos anos, mas a CBDA nem da bola. Como agora é um estrangeiro falando e o Brasil é um pais que gosta de ser colonizado, pode ser que alguma coisa melhore. E é claro Sr Clodoaldo que esse cara vai ser o treinador da seleção.

saudações Polistas

Vicente

Anônimo disse...

Prezado Clodoaldo
Com certeza o relatório do Goran, vai causar polêmica, mas, principalmente, provocar reflexões acerca do nosso polo aquático. Quando recebi do próprio Goran por e-mail há uma semana atrás, enviei ao nosso Presidente e Diretor, tal a relevãncia do conteúdo. Ao lê-lo,o Presidente mandou imadiatamente traduzí-lo com a autorização do autor para publicá-lo.
Não resta nehuma dúvida de que ele disse todos nós, sem excessão já sabíamos há muito tempo. Entretanto, com uma visão paternalista, protecionista e as vezes, se encondendo atrás de desculpas, o polo aquático se recusa a enxergar o óbvio e que venho escrevendo há muito tempo: Os atletas e técnicos devem fazer o dever de casa, isto é, TREINAR !!!!. Quando elogiei o Angelo, após o excelente trabalho com a Seleção 91, que evidenciou um treinamento forte que proporcionou uma boa participação em Sibenik, fui criticado por jogar a culpa nos atletas brasileiros. Quando disse que nos falta perna, e que os jogadores e técnicos não dão atenção devida a esse fundamento, idem. Precisou um técnico de fora para em apenas 02 meses, diagnosticar nossa maior falha.
Não precisamos ir longe.As finais II Liga Nacional mostraram a diferença de treinamento das equipes ( não quero entrar no mérito dos motivos, apanas foi constatado o fato). Outros pontos importantes são focados e no que se refere a preparação para 2016, já apresentamos um projeto para captação de recursos que estão alinhados diretamente com a sugestão do técnico.
Quanto a possível permanência do Goran a frente da direção técnica das Seleções, o convite oficialmente já foi feito e estamos aguardando, com ansiedade e torcida para que ele possa aceitar. Posso garantir que o desejo é mútuo.
Abs
Ricardo Cabral
Gerente de Polo Aquático CBDA

rafael disse...
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Jefferson Lima disse...

gostei muito do que li no artigo do Goran Sablic, n concordo com tudo, mas grande parte do que ele relata pode sim ser adaptado a nossa realidade. e o melhor, ele apresenta os problemas e na sequência algumas possíveis soluções. O que cansa a gente, é ver sempre comentários bombardeando a CBDA e muitos destes só para gerar atrito ou polêmica, o famoso "disse me disse" que n leva a nada. Sim, a CBDA tem a sua parcela de culpa assim como todos nós que amamos esse esporte, cabe a nós mudar. não é simplesmente criticando que vamos chegar a algum lugar!
aqui no Brasil vemos coisas que n acontecem no alto nível, como jogadores considerados experientes reclamando da arbitragem por várias vezes durante os jogos prejudicando seus respectivos times. isso é só um detalhe que ele comenta no artigo e que é verdade! outro fato verídico é o fato do pólo aquático ser praticado pela elite do país, nós aqui do Ceará vivemos o outro lado da moeda, percebemos a diferença de disciplina entre os nossos próprios atletas, a maioria são pobres, sao muito mais guerreiros e disciplinados que os de classe média! sonham mais alto!

pra finalizar, Parabéns ao Pinheiros pelo Bi-campeonato e parabéns em especial ao GRUMMY, tá jogando muito o moleke!

abs.

Anônimo disse...

Qualquer 'ATLETA' que se dedicar
as 2.30hs por dia aos treinamnetos
com dedicaçao e vontade, estara apto a desenvolver um otimo water polo.
abs.
canetti tecnico do c.r.flamengo

Anônimo disse...

Prezado Clodoaldo,

Como árbitro e Coordenador de Abitragem de duas entidades, posso dizer que nós árbitros de pólo aquático nos sentimos orgulhosos de sermos citados pelo Goran Sablic como um fator de referencia positivo, mas não podemos dizer que estamos satisfeitos por estarmos em um patamar superior ao próprio pólo aquático Brasileiro.
Em diversas oportunidades ,quando perguntado por pessoas ligadas ao nosso pólo aquático sobre como seria possível melhorar o nosso nível de arbitragem, sempre respondi que a melhora significativa viria somente quando o pólo aquático Brasileiro saísse da condição na qual se encontra,isto é, falando do nível técnico da maioria dos jogadores. Essa comparação fica bem evidente quando atuamos em eventos internacionais ,onde nossas avaliações sempre foram as melhores possíveis , e isto independe(como já foi citado aqui recentemente neste Blog) do jogo em que atuamos.
Não quero com isto dizer que estamos ou ficaremos acomodados, pois a nossa intenção será sempre a de evoluir.
De qualquer maneira é sempre bom ter o trabalho reconhecido,mesmo por quem não seja Brasileiro.
Abs
Roberto Cabral

José Werner disse...

Não entendo a relutância das pessoas que vivem no meio de nosso esporte em aceitar a realidade dos fatos, até mesmo para entende-los e tentar melhorar o que não está funcionando bem. É fato que nossos atletas ditos de ponta não gostam de treinar; é fato que nossos árbitros são melhores que nossos atletas e que nossos técnicos. Porque discutir isso? Somos melhores porque fazemos cursos, trocamos idéias, viajamos para campeonatos internacionais e aprendemos com os melhores,enfim,tudo que as outras partes envolvidas no esporte - com as raras exceções de sempre - não gostam e não se esforçam em fazer.O que o Goran colocou no seu relatório reforça o trabalho incansável da arbitragem - Roberto Cabral à frente - em colocar nossos árbitros no nível dos melhores do mundo. A vinda do árbitro croata reforça a intenção da CBDA em melhorar todos os aspectos do nosso esporte, como fez o ECP trazendo o Goran.Só falta agora nossos atletas se mexerem e decidirem se querem seguir no mesmo rumo que nós ou continuarem fingindo que são "atletas" e aqui,de novo,quero destacar as exceções que sabemos que existem e quais são. Creio que esse relatório abrirá uma discussão bastante promissora para darmos um salto de qualidade em nosso esporte.A chance está aí, pronta para ser agarrada.Basta apenas não deixá-la passar.

rafael disse...
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Anônimo disse...

CARO AMIGO WERNER,
SEI O QUANTO VOCE LEVA A PROFISSAO DE ARBITRO A SERIO, E TAMBEM DA QUALIDADE DOS TECNICOS DE POLO NO BRASIL.SABEM TUDO, NAO RECONHECEM SEUS ERROS ETC... SEI TAMBEM DA POUCA DEDICAÇAO DOS NOSSOS ATLETAS EM RELAÇAO A TREINAMENTO ETC.. SEI TAMBEM DA DIFICULDADE DE SE MANTER O POLO NOS CLUBES DO RIO DE JANEIRO.WERNER,SABE QUANTOS JOGOS A CATEGORIA ADULTA FEMININA JOGOU ESTE ANO? 10 JOGOS, COMO PODEM AQUELAS QUE QUEREM TER UM MELHOR NIVEL TECNICO? IR EMBORA, JOGAR FORA.MAS NEM TODAS PODEM.CADA PROFISSIONAL LIGADO AO POLO TEM UMA IDEIA,ASSIM COMO ALGUNS TORCEDORES TEM OTIMAS OPINIOES. PRECISAMOS E QUE TODOS ASSUMAM SUA PARCELA DE CULPA, E TENTAR A PARTIR DE 2010 TRASFORMAR ESTE ESPORTE EM UMA GRANDE VITRINE PARA 2016!
ABS.
ANTONIO CANETTI
TECNICO DO C. REGATAS FLAMENGO

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Para tudo!!!é a opinião de um estrangeiro que ficou aqui 02 meses observando o polo aquatico brasileiro contra a opinião de outros que ficaram no máximo uma semana.o cara tem ainda no currículo de técnico passagem por vaios paises. pelo que lembro todos os que foram citados são atletas e não tecnicos e pelo que lembro o tal do Vlad disse na entrevista que não fala de arbitragem enquanto a fina não padronizar no mundo inteiro. acho também que o croata disse que os atletas são reclamões tá certo. o time do Pinheiros perdia a bola e nem olhava para o árbitro. essa é uma mudança necessária.

Pedro

Anônimo disse...

RAFAEL, O QUE PRECISAMOS E DE ENTENDIMENTO, PARTICIPAÇAO.QUAL A SUA SUGESTAO? SEM RANCOR, SERIO!! O QUE VOCE ACHA QUE PODERIA MELHORAR? EU PENSO NISTO TODOS OS MEUS DIAS. POIS E DO QUE EU VIVO!!
ABS.
ANTONIO CANETTI
TECNICO C. REGATAS FLAMENGO

Unknown disse...
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Unknown disse...
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Unknown disse...
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Touca 14 WP Blog disse...

Entre os vários comentários q recebemos sobre essa postagem, alguns vieram assinados como Rafael Real. Como o único Rafael Real q conhecíamos era o atleta do GB ("Muchinho"), entramos em contato e ele negou a autoria dos comentários, por isso eles foram retirados. Porém, o Rafael Real autor dos comentários, muito gentilmente entrou em contato conosco e se identificou. Por isso, estamos postando novamente suas opiniões. Obrigado, Rafael.

"Rafael Marques Torres Real, 35 anos. Comecei no pólo em 1986 no antigo Mourisco do Botafogo onde joguei por 5 anos. Joguei adulto no Guanabara e Fluminense e parei há 5 anos. A galera do Master me conhece por Pelinha e joguei o campeonato de Master em Sao Paulo no meio do ano e estou sempre (sempre quer dizer 1 vez por semana rsrsr) batendo uma bolinha e atrapalhando o treino dos adultos."

Anônimo disse...

aro Cabral. Não apenas um tecnico de fora diagnosticou essa falha. Todos tecnicos sabem que precisa de mais treino, de mais perna, de mais fisico e tudo mais. Agora voce esqueceu de ressaltar uma coisa importante que ele disse: "por mais qualidade que possa ter o treino aqui, de nada vai adiantar se nao se jogar muito e em alto nivel". Além de treino falta é JOGO DE ALTO NIVEL. A falta de treino é um fator obvio e, logicamente, o primordial, mas que voce trata de forma isolada, como se resolvesse com apenas maior dedicaçao. E não é verdade. Envolve condiçoes basicas tanto dos clubes quanto da Confederaçao. E para se cobrar uma dedicação de 30 a 40 horas(!!??!!) semanais e viagens para intercambios tem que se oferecer uma remuneração e uma estrutura digna de profissional, ou o que veremos sao alguns jovens se submetendo a esse esforço por 2 ou 3 anos, no maximo, e, ao nao serem recompensados de forma justa, desistindo. Ou seja, falar do que tem que ser feito nao é dificl, dificil é prover as condiçoes para que isso possa ser feito.
O proprio tecnico croata diz que a CBDA é basicamente voltada para a natação. O que é inegavel. Voce mesmo algumas vezes compara atletas dessas modalidades afirmando que eles se dedicam e treinam 5,6 horas diarias desde cedo. Eles treinam (assim como historicamente VARIOS atletas treinaram ou hj treinam como loucos polo aquatico mas em algum momento diminuiram bastante esse ritmo) sabendo que futuramente se obtiverem destaque serao profissionais e poderao a partir dos seus 19 ou 20 anos viverem disso. E de fato os que chegam a essa idade e conseguem ser profissionais se mantem e os demais param ou baixam o ritmo para se focar em outras prioridades. Voce nao ve em nenhum esporte, atletas amadores de 25 anos tendo o mesmo comprometimento do que profissionais.
Portanto, analise o relatorio de forma abrangente e nao descontextualize o que se foi dito em algumas partes de forma a fazer valer um ponto de vista simplista. Me diga voce, por quanto tempo voce dedicaria, caso dedicasse, 30 horas da sua semana sem remuneraçao decente, só pelo amor ao esporte? Tente se imaginar do outro lado. Sem perspectiva, sem dinheiro, mas tendo que se dedicar por 10, 15 anos a um treino pesado, desgastante e quase integral.
Que se treine muito mais, que se dedique muito mais, e que se de condiçoes para tal. Para que se possa cobrar e exigir dos atletas. Pois quem quiser muito bem e quem nao quiser ta fora por que tem quem queira. Mas como está infelizmente nao tem quem queira ou possa, pelo menos nao por muito tempo. Concordo com voce que hoje em dia muitos jovens atletas tem uma atitude ruim e agem de forma desinteressada e preguiçosa como se ja tivessem 40 anos (e esses nao tem jeito mesmo). Mas existem muitos atletas dispostos e com vontade de treinar, mas que em algum momento vao estagnar e parar de evoluir por falta de condiçoes como acontece ha 30 anos, geraçao apos geraçao. E é isso que entristece quem gosta do esporte.
Abraços
Rafael

Anônimo disse...

Para tudo! Essa é apenas a opiniao de UM estrangeiro!! Nos ultimos anos ja passram por aqui Vujasinovic, Trbojevic, Perrones, Ciric, Gabi Hernandez, Ivan Perez, Molina e muitos outros e TODOS, sem exceçao, criticaram muito a arbitragem, falando que se apita muito diferente e completamente sem criterio. Basta pegar o nivel da arbitragem do arbitro croata que aqui veio e comparar com os demais. É outro nivel. Outro nivel de qualidade, de coerencia e de POSTURA. É brincadeira esse tecnico croata achar que entende mais que todos esses craques que aqui estiveram e falar algo desse tipo. Logicamente tem um quê de retorica politica nesse discurso de futuro tecnico da seleçao. Pior é os arbitros acharem que estao certos. Repito TODOS os estrangeiros que aqui estiveram criticaram duramente a qualidade dos arbitros. O sr. Roberto Cabral se sente orgulhoso com o primeiro elogio com um toque "politico", mas nao se sente incomodado quando o mesmo tecnico critica a falta de comprometimento dos arbitros, a falta(ou melhor completa ausencia) de treinos de vcs, ou a pessima postura em relaçao a atrasos e cuidado com os detalhes. Nem se sente incomodado pelos seguidos erros GRAVES de disciplina e postura que vem sendo cometido, nem pela voz unanime dos atletas estrangeiros. Tipico de quem nao quer ver a realidade.
Abs
Rafael
Obs: voce prestou atençao na parte que ele fala que os arbitros precisam ser avaliados. E avaliados por outras pessoas, nao adianta vc mesmo avaliar o seu trabalho e de seus companheiros. Certamente se tivessemos um avaliador neutro durante esse ano, muitos arbitros ja teriam tido puniçoes decentes e parariam de inventar desculpas para justificar a OMISSAO, FALTA DE TREINO E COMPROMISSO e POUCO CASO com o esporte, atletas e tecnicos.

Anônimo disse...

Caro Werner, é uma pena vê-lo seguindo pelo mesmo caminho do sr. Roberto Cabral. Um caminho de auto-suficiência, arrogância e de falta de humildade. Afirmar que “é fato que os árbitros são melhores do que tecnicos e atletas” denota certa prepotência e falta de autocrítica, atributos que não combinam com você e com a posição que você ocupa de educador e professor. É desagradável ouvir esse tipo de afirmação vinda de alguns árbitros que, em geral, não se dedicam no dia-a-dia e que NÃO SÃO AVALIADOS constantemente por TERCEIROS ISENTOS e não são punidos ou premiados por más ou boas arbitragens. Ou seja, não têm parâmetros para avaliação de qualidade.
Posso dizer que vi, durante anos, muitos atletas treinando em dois períodos e treinando fora do período de treino, independente de se ter estrutura ou não, nunca esperando nada em troca. Apesar de você falar em exceções, dizer que os “nossos atletas ditos de ponta não gostam de treinar” é uma generalização simplista e pejorativa para todos. Muitos já treinaram pesado e tenho certeza que hoje muitos treinam. Assim como MUITOS outros nunca quiseram e não querem nada com treino, como em qualquer área e de acordo com as prioridades de cada um em relação a um esporte amador. A maioria dos atletas, mesmos os que não querem nada, já treinou muito mais que qualquer árbitro, mesmo apesar do fato de vocês serem remunerados para apitarem e fazerem cursos e viagens internacionais e tudo o mais que você citou, o que é muito justo. Ofereça isso para atletas e técnicos e tenha certeza que vão ter vários querendo fazer cursos e viagens para treinamento no exterior também, assim como terão vários que não vão querer nada com nada. Mas os que quisessem talvez tentassem se aprimorar no dia-a-dia também e não achassem que passar um tempo em cursos e palestras fosse suficiente, pois se fosse assim bastaria pegar um time e passar 2 semanas na Europa e pronto, teríamos uma seleção de alto nível, não precisamos nem praticar aqui dentro. Convivi ainda técnicos apaixonados e comprometidos com o esporte e que se dedicam e se dedicaram muito mais do qualquer um, seja atleta, árbitro ou dirigente.
Os árbitros não se classificam para campeonatos, mas recebem convites (e com certo cunho político, ou é por mérito e qualidade que o Brasil tem mais árbitros FINA do que potências européias?). Fazem rodízios de viagens e alguns satisfazem seus egos apitando a disputa do 10° lugar nos torneios, pois não tem nível (o que é compreensível e natural dentro da realidade brasileira) para serem escolhidos para as finais (com exceção do Patelli que já apitou jogos importantes). Assim como, infelizmente nossas seleções também não conseguem passar desse mesmo 10° lugar, mas com o diferencial de que pelo menos se treinou e se classificou para tal. Se houvesse um campeonato classificatório de juízes, como ocorre com as seleções, ALGUNS de nossos árbitros FINA, sem demérito algum, talvez não apitassem nem as disputas de 20° lugar e se restringissem apenas ao âmbito sul-americano, se muito. Não é verdade? Apesar do Sr. Roberto Cabral afirmar que as avaliações internacionais são sempre as melhores possíveis- independente do nível dos jogos que eles apitam- o que é estranho, pois se espera que os árbitros melhores avaliados apitem os jogos mais importantes e não a disputa dos últimos lugares ano após ano, torneio após torneio.
Rafael.

Anônimo disse...

Portanto, esse tipo de declaração soa muito mal, ainda mais em um ano em que árbitros, e nesse caso não posso excluí-lo, cometeram erros gravíssimos, não de interpretação (que é algo realmente polêmico e natural e sempre acontecerá num esporte tão difícil de se arbitrar como o pólo aquático), mas de falta de pulso e atitude para coibir a violência, o que deveria ser o bê-á-bá dos árbitros.
Assim como atletas e técnicos devem tentar se espelhar nos melhores, vocês poderiam tentar se espelhar na postura do árbitro croata que aqui esteve, que não apenas deu um show de competência, mas uma aula de comportamento, seriedade e simplicidade. O problema não é ter limitações (o que mais temos são limitações tanto dos atletas, técnicos, árbitros e dirigentes), mas não ter a humildade para reconhecê-las e tentar evoluir de verdade, na prática, treinando e praticando, e não apenas no discurso.
Humildade é fundamental para tudo na vida e sinceramente não há como evoluir com um pensamento desses. Colocar a categoria de árbitros em um patamar superior é risível, e só traz animosidade. Além de não condizer com a verdade segundo outros tantos croatas, espanhóis, americanos, sérvios...e brasileiros. Quem é bom não precisa de auto-afirmação.
É fato que muitos atletas e técnicos precisam melhorar sua disciplina, empenho e postura. ASSIM COMO OS ÁRBITROS, que, por muitas vezes, são vítimas de um comportamento hostil sem razão, mas que, por outras, são co-responsáveis e até instigam esse comportamento hostil com omissões ou declarações e posturas arrogantes. Todos têm sua parcela de culpa nesse relacionamento ruim.
Espero que você reflita sobre as suas declarações, pois só serve para acirrar ainda mais a animosidade que existe entre ALGUNS ÁRBITROS (que não são a maioria, muito pelo contrário) e demais envolvidos no esporte. O que só prejudica a todos.
Siga os bons exemplos, não os maus; acredito que no fundo você não ache tudo isso que disse e que tenha apenas desabafado contra alguma situação que o desagrada e exagerado um pouco nas suas declarações, ou que seja apenas uma má influência passageira.

Abraços,

Rafael Real.

Anônimo disse...

1: Pedro, em relação a atletas reclamões estou totalmente de acordo e isso deve acabar. Mas em outros jogos em que o Pinheiros não estava ganhando o comportamento também não foi o adequado. E segundo, qual o problema de ser atleta? A opinião de inúmeros atletas estrangeiros e super qualificados vale menos do que um técnico? Não vejo muito por aí. Qualidade de arbitragem se vê em uma semana, em dois meses ou em 4 jogos, como no caso do árbitro croata.
2: Canetti, eu acredito que o primordial é o respeito e um convívio mais civilizado e respeitoso entre atletas, árbitros, técnicos e dirigentes. A humildade para parar de apontar somente o erro dos outros e olhar para si mesmo, inclusive os árbitros, pois técnicos e atletas são punidos por seus erros, já os árbitros, pelo menos por aqui, não. É fundamental que se haja avaliação isenta de arbitragem, e uma forma de valorização dos bons e punição dos maus árbitros. E por fim, a compreensão de valorizar, em primeiro lugar os atletas. Jogar a culpa em cima deles é muito cômodo; difícil, como você mesmo disse, é ter 10 jogos em um ano, sem remuneração e sem perspectiva de melhora e exigir resultados e comprometimento de alto nível. Só aqui no Brasil os árbitros e dirigentes são colocados e agem como estrelas e são mais bem remunerados que os atletas. Em qualquer outro lugar se valoriza o atleta e o técnico. Não tenho rancor nenhum. Mas chega a doer nos olhos ver a prepotência, ignorância e falta de humildade de árbitros que não conseguem enxergar além do próprio umbigo. Podíamos agora estar valorizando um campeonato que foi bem organizado, bem disputado, com várias evoluções na parte organizacional, estrutural e técnica, mas sempre aparece alguém que quer aparecer mais que os outros. Lamentável. Se quiser trocar idéias meu email é rafaelmreal@gmail.com. Abs. Rafael Real.

Anônimo disse...

Sr. Rafael
Creio que você seja técnico e tb. jogador dupalamente razoável como eu sou árbitro,pois nunca falei que sou bom .Como vc. próprio afirma que sou ignorante,prepotente,auto suficiente, sugiro que neste fim de ano vc. tome bastante liquido,seja um bom vinho ,agua,cerveja,tudo isto para digerir o comentário do Goram .Se quiser ofereço champanhe pois como sou melhor remunerado que vc. posso pagar sem problema.Bom Natal
Roberto Cabral

Anônimo disse...

Sr. Cabral, o seu próprio comentário fala por si só, não era necessário citar suas "características marcantes" novamente.
Se você não se lembra, não sou técnico e nunca fui um grande jogador, na verdade era razoável, assim como o ábitro que você é. Se você ficou chateado com meus comentários, sinto muito, mas reflete a opinião de muitos. Sei que você não tem como argumentar contra algumas coisas e a ironia é sempre uma boa saída nesses casos. Na verdade o meu recado nem foi para você, pois de você eu já esperava esse tipo de comportamento que você ressaltou.
Parabéns pela sua brilhante e bem remunerada carreira de árbitro. Tenho certeza que você sempre recebe as melhores avaliações do seu imparcial coordenador de arbitragem. Bom Natal.

Rafael M.Torres Real

Anônimo disse...

é impressionante como cada vez mais esse o cabral se complica, alem de ele sacanear e gozar de argumentos construtivos desenvolvidos pelo rafael, ainda faz chacota com a situação financeira dos profissionais do polo aquatico. Então é por isso seu cabral que as pessoas te chamam de prepotente, e eu completo o senhor é arrogante e então em vez de ficar diminuindo um profissional de polo aquatico pela sua condição financeira o ajude a ter melhor condições de executar o seu trabalho o que na verdade seria o seu trabalho

Roberto Soares - ex-atleta

Anônimo disse...

Quem é Rafael Real? Em que já contribui para o esporte? quanto tempo se didicou ao esporte após ter parado de jogar? Quantos jogos ele assiste por ano? Qual a sua contribuição efetiva ao esporte?Que projeto já apresentou? Em que área do esporte procurou contribuir?Já ocupou mesmo que de forma voluntariada alguma posição em algum clube ou alguma instituição esportiva?Já foi em alguma Federação ou na CBDA, apresentar alguma proposta concreta de mudança?Já buscou algum tipo de auxílio financeiro para p esporte no seu clube? Conseguiu algum contato forte na mídia? Quantas bolas e toucas já comprou para seu clube?Já apitou algum jogo na vida mesmo que voluntariado? Já treinou alguma equipe? Já viabilizou alguma viajem para sua equipe? Já consegui algum patrocínio para seu clube ou para o esporte? Já brigou pelo esporte dentro do seu clube?
Se você respondeu que sim a 50% dessas perguntas você realmente contribui para o esporte. Se não, vai continuar atrás do computador, assim como os Luizes, Pedros, Marios entre outros escrevendo sem fazer nada de efetivo.
Aliás, acho que você deve ter zerado o teste, se nã zerou deve ter ficado bem próximo
Abs e aproveite o final do ano para pensar em 2010 a responder sim em algumas da questões acima.

Roberto Cabral

Anônimo disse...

Quem é Rafael Real? Em que já contribui para o esporte? quanto tempo se didicou ao esporte após ter parado de jogar? Quantos jogos ele assiste por ano? Qual a sua contribuição efetiva ao esporte?Que projeto já apresentou? Em que área do esporte procurou contribuir?Já ocupou mesmo que de forma voluntariada alguma posição em algum clube ou alguma instituição esportiva?Já foi em alguma Federação ou na CBDA, apresentar alguma proposta concreta de mudança?Já buscou algum tipo de auxílio financeiro para p esporte no seu clube? Conseguiu algum contato forte na mídia? Quantas bolas e toucas já comprou para seu clube?Já apitou algum jogo na vida mesmo que voluntariado? Já treinou alguma equipe? Já viabilizou alguma viajem para sua equipe? Já consegui algum patrocínio para seu clube ou para o esporte? Já brigou pelo esporte dentro do seu clube?
Se você respondeu que sim a 50% dessas perguntas você realmente contribui para o esporte. Se não, vai continuar atrás do computador, assim como os Luizes, Pedros, Marios entre outros escrevendo sem fazer nada de efetivo.
Aliás, acho que você deve ter zerado o teste, se nã zerou deve ter ficado bem próximo
Abs e aproveite o final do ano para pensar em 2010 a responder sim em algumas da questões acima.

Roberto Cabral

Anônimo disse...

Obrigado,"Pelinha"
Roberto Cabral

rafael disse...

Caro Sr. juiz, coordenador, organizador, designer e avaliador Cabral,não confunda as suas atribuições e deveres com as minhas. Eu não sou bem remunerado (como voce ressaltou que é) para fazer nada disso como você. Se eu fosse, certamente tentaria trabalhar mais profissionalmente para o desenvolvimento do esporte e ter mais autocrítica. Falhas todos têm, mas a falta de humildade(que vc proprio reconheceu) com que voce as trata realmente lhe é peculiar. É uma pena.
Ao inves de se vangloriar, voce poderia usar essa energia toda para fazer não só o que você citou (pois tudo o que você citou qualquer técnico de clube já fez e fez muito melhor do que você jamais pensou em fazer) mas pelo menos para fazer A SUA FUNÇÃO DE ÁRBITRO de forma dedicada e simples, TREINANDO rotineiramente e com uma postura mais elegante e condizente com o(s) seu(s) cargo(s).
Mas acho que você prefere acumular as funções, e os proventos(afinal voce é muito bem-remunerado!!!!), que lhe são oferecidas por quem lhe é próximo. Certamente é mais lucrativo mas infelizmente menos eficiente e proveitoso para o esporte. É melhor fazer uma coisa bem feita e com dedicação do que várias mais ou menos.
Aproveite também 2010 para ver se você dá mais ao esporte do que recebe dele, em termos gerais. Quem será que precisa mais de quem?

Um abraço

Rafael Pelinha.

Obs: ainda não entendo quem avalia o sr. aqui no Brasil. É um sistema de auto-avaliação mútua? Vocês, árbitros, mesmos se avaliam, se premiam e se punem? É uma pena pois quando um jogador erra muito ele perde ou é substituido, assim como o tecnico faz o seu time perder se for mal. Mas você tem carta branca para acertar ou errar o tanto que quiser? Não tem nenhuma consequencia, nenhuma advertencia, suspensao ou afastamento como nos demais esportes?
Obs2: e o nepotismo? existe? pq as antigas mesarias foram colocadas de lado?

Julio Eduardo disse...

Pessoal do Touca 14

Sou leitor assíduo deste blog e gostaria de dar minha opinião, de abelhudo no Pólo Aquático, sobre o relatório do Goran.

Não sei quem pediu o relatório para o Goran. CBDA ou o ECP.
Quem recebeu deixou vazar um relatório muito importante que mereceria muita atenção na hora de sua divulgação, evitando assim discussões que acredito não levem a lugar algum.

Com relação à parte técnica não vou falar nada, pois não passo de um torcedor, pai de atleta, que pouca entende das regras básicas.

Acredito que esteja muito bom.

Com relação aos problemas do Pólo Aquático no Brasil ele conseguiu, em pouco tempo de estada no Brasil, enumerar praticamente a maioria deles.

Para todos aqueles que acompanham o Pólo Aquático, mesmo como abelhudo, acredito que não exista novidade alguma.

A comparação que ele faz sobre o Pólo Aquático no Brasil e nos países em que ele militou merece alguns comentários:

- Antes de tudo, precisamos entender que a CBDA é uma entidade formada pelas Federações e que as Federações são formadas pelos clubes.
- Será que os clubes que praticam Pólo Aquático no Brasil querem profissionalizá-lo, como na Europa.
- Dependendo desta resposta, o relatório do Goram deve ser levado para discussão entre todos os Clubes/Federações/CBDA/COB ou arquivado como um bom ensaio "literário”.
- No Brasil, como ele mesmo diz, o Pólo Aquático é praticado na sua maioria pela classe média ou alta. Os atletas na sua maioria praticam o esporte por amor e em hipótese alguma pretende viver do Pólo Aquático. Às vezes por esse amor acabam prejudicando suas próprias vidas profissionais. Deve existir raríssimas exceções como os Perronis.
- A outra parte dos atletas, de classe social inferior, com certeza, mesmo recebendo uma ajuda financeira para praticá-lo não pensa em viver deste esporte. A ajuda financeira serve para ajudá-los na suas formações acadêmicas. Ou seja, precisam garantir o futuro fora do esporte.
- No Brasil esta realidade da classe média baixa é válida para praticamente todos os esportes (que chamamos de amadores) coletivos, com exceção do futebol, futebol de salão, basquete, voleibol, handebol, e de alguns esportes individuais onde prevalece principalmente o talento do atleta.

Como implementar uma nova mentalidade de profissionalismo nos jovens que estão começando se não dermos uma garantia de que terá um futuro melhor dentro do Esporte.

Esta garantia tem de ser dada com atitudes presentes e futuras. A primeira atitude é o reconhecimento daqueles que mesmo jogando por "amor" sacrificam suas vidas familiares e profissionais.

Caso contrário, ficaremos sempre girando sem sair do lugar.

Ou será que a nossa preocupação é somente o Rio 2016?

Acredito que qualquer um de nós, mesmo com um mínimo de conhecimento do Pólo Aquático, teria inúmeros comentários a fazer sobre o relatório do Goram.

Mesmo sem saber qual é a opinião dos dirigentes dos Clubes, sobre o futuro do Pólo Aquático, não podemos deixar de discutir este relatório.

Ele é muito bom para ficar arquivado em pasta de fundo, numa terceira gaveta de um arquivo todo enferrujado de um Clube, Federação ou na CBDA.
Atletas, Técnicos, Árbitros, Dirigentes e todos aqueles que gostam e estão envolvidos com o Pólo Aquático devem provocar a discussão deste relatório.

Vamos lá, mãos a obra.

Um abraço a todos

Júlio Eduardo

Anônimo disse...

Prezado Julio
Escrevo, mas não sei se pelo fato da matéria não constar mais nas postagens pricipais se você terá acesso. Mesmo assim, gostaria de parabenizá-lo pelas suas colocações. Você, mesmo se colocando como um pai torcedor que acumula ainda vivência no esporte, consegui como o Goran identificar pontos negativos e positivos em relação ao esporte.
Abordou com muita percepção o problema que o polo apresenta. Como passar do amadorismo ao profissionalismo? Será que precisamos, mesmo, do profissionalismo para melhorar? Como passar de um nível menor para um nível maior de envolvimento? Como passar de um nível de envolvimento para um nível de comprometimento? Como passar de um nível menor para um nível máximo de comprometimento? A garotada que ganha 300,00 por mês e bolsa na faculdade está mais ou menos comprometida com o esporte do que outros que não recebem o auxílio? Existe uma diferença de comportamento dos atletas ou cobrança por parte de quem dirige? Quais são os objetivos dos jovens em relação ao esporte? O jovem jogador planeja e decide e se empenha para ser o melhor, mesmo sabendo que o polo não é e nem será seu objetivo de vida? Os técnicos ajudam os atletas a estabelecerem metas a médio e a longo prazo?
Hoje, vejo um momento favorável na medida em que os pais começam a ser envolver mais no esporte e muitos como você começam a perceber os problemas que devem ser contornados.
Vou dar 02 exemplos de situações que já aconteceream (e acontecem)
1. Pais de atletas de polo de clubes de elite não deixam seus filhos treinarem em Julho e consequentemente não competem em Agosto em função de viagens de férias. Entretanto, pais de atletas de natação, dos mesmos clubes, do mesmo nível sócio-econômico e poder aquisitivo, deixam seus filhos treinarem em Julho, porque sabem que 01 mês sem treino irá prejudicar o rendimento. Em ambos os casos, por serem jovens, ninguém é profissional!
Um outro caso, esse no ambiente da CBDA, os atletas recebiam 500,00 de ajuda de custo mensal. Reclamavam porque era pouco e passaram a receber 1500,00. Resultado, foi a pior preparação que o Brasil já fez, perdendo jogos de goleada na Liga Mundial nos EUA por falta de preparação física e técnica. Portanto, não sei se o caminho passa única e exclusivamente pelo profissionalismo. Acredito que quando fizermos uma transição do envolvimento para um comprometimento, já estaremos avançando muito.
Abs
Ricardo Cabral

Anônimo disse...

Vale lembrar que os atletas só treinaram 2 semanas para essa tal Liga Mundial, pois a CBDA só convocou faltando...2 semanas!!!
Julio Bueno