Falta de incentivo

Poliana Okimoto - vencedora da Travessia dos Fortes 2009

Abaixo, trascreveremos partes da reportagem do Jornal O Globo - Caderno de Esportes - dia 06 de abril de 2009 - segunda-feira passada, intitulada " Polêmica à beira-mar":

" - Após elogiar a concorrente, Poliana reforçou a queixa recorrente entre atletas olímpicos: a falta de incentivo. Sem saber da insatisfação que suas declarações causariam ao presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coracy Nunes, a nadadora repetiu o discurso de nove entre dez esportistas:

- As coisas melhoraram, mas falta nos apoiarem durante todo o ciclo olímpico. Recebemos muita ajudaum, dois anos antes da Olimpíada, mas é díficil fica um ano e meio ou dois sem receber todo apoio necessário.

Ela se mostrou constrangida ao opinar sobre se o país estaria preparado para sediar os Jogos-2016:

"-Difícil, né ? Para os atletas, seria interessante ver a Olimpíada aqui."

Ao saber das críticas, Coracy nunes negou a falta de apoio com a mesma energia que garantiu que o Ro reúne as condições para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Ao lado de Tóquio (Japão), Madri (Espanha) e Chicago (EUA), a capital carioca é uma das finalistas para receber o evento.

" - Os atletas nunca tiveram tanto incentivo. E se tem alguém que não pode reclamar é a Poliana que recebe apoio da confederação há cinco maos. Mas o atleta fala o que quer. Tenho o direito de desmentir - rebateu o presidente da CBDA."

Incomodado com o não-reconhecimento dos atletas, ao falar sobre Cesar Cielo (atual campeão olímico dos 50 metros), o dirigente reascendeu uma polêmica criada após as Olimpíadas de Pequim. Na ocasião, o nadador se queixou das condições oferecidas pela CBDA:

"- Mandamos o (Cesar) Cielo para todas as competições. Há 20 anos mandamos atletas para todas as competições oficiais da FINA.

Informações:

Sai na Folha de São Paulo, declaração do próprio presidente da CBDA, que está gastará R$ 1 milhão para o envio da delegação brasileira para o Mundial de Esportes Aquáticos em Roma-Itália.

ARTIGO 217 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL:

É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados:

I- a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento.

É baseado neste artigo e sempre mencionado em seus documentos, balanços e prestações de contas que todas as confederações de esportes utilizam para formalizarem seus estatutos, balanços e eleições. Mas está surgindo um movimento capitaneado pela sociedade organizada para trazer as confederações e federações para o crivo do poder público (TCU, Ministério do Esporte, PGR e etc) em função de que quase todas sobrevivem exclusivamente do dinheiro público através da Lei Agnelo/Piva e Patrocínios de Estatais.