terça-feira, 25 de novembro de 2008

Pingadas - Deu na mídia

Jornal O Globo de 23 de novembro de 2008 - 2º edição - Caderno Esportes - página 45:
"Em tempos de recessão mundial, mas de redistribuição das verbas da Lei Piva, com as quais o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) contempla as confederações nacionais, as federações estaduais não passam, por vezes, de sem teto de bolsos vazios, cujos dirigentes se equilibram na corda bamba entre a sobrevivência e a falência. Mas tal situação pode mudar se as federações tiverem projetos para captar recursos das leis federal e estadual de incentivo ao esporte.
Na lei federal, pessoas físicas podem descontar até 6% do Imposto de Renda (IR) e jurídicas(empresas) até 1%. Na lei estadual, baseada no Imposto sobre Circulação de Mercadorais e Serviços (icms), empresas podem descontar até 4% do que pagariam de ICMS.
No entender de MARCOS FIRMINO, presidente da Federação Aquática do Rio de Janeiro (FARJ), falta no esporte do Brasil maior atenção com a base do esporte:
- "Minha preocupação são os clubes, que nos ajudam muito. As federações só existem por causa deles. Clubes nos cedem as piscinas, sem custos, para realizarmos campeonatos. Os clubes têm as instalações, os profissionais e os atletas. Se eles acabarem, acaba o esporte. A CBDA também não faz nada por eles, e isso ocorre em todos os esportes" - declara Firminio, que vem buscando patrocínio para 2009. - "Quando tínhamos os bingos, não cobrávamos taxas, mas agora, cobramos dos clubes e dos atletas, que pagam R$ 8,00 por prova".
Para o consultor de gestão e marketing esportivo João Henrique Areias, o problema está na ineficiência das estrutura dessas entidades.: "O modelo de gestão no Brasil, tanto nos clubes, federações e confederações, está ultrapassado. Até os anos 70, funcionou bem este esquema de dirigente voluntário, porque as exigências do mercado eram pequenas. Nos anos 80, começou a complicar. Hoje, há televisão, anunciante, agente, investidor, e continua o mesmo dirigente voluntário do outro lado da mesma. Não tem como dar certo" - analisa . Segundo João Areias, a solução não é, necessariamente, mudar o perfil dos dirigentes, mas montar uma estrutura mais profissional, com um diretor-executivo, um diretor esportivo, um diretor de negócios e um diretor de administração e finanças: "É que dinheiro tem. Mas as federações, os clubes, não estão preparados para captar esse dinheiro e gerenciá-los. Logo, também não têm como levar adiante os projetos."
Diretor de programa do Minstério do Esporte e presidente da Comissão da Lei de Incentivo ao Esporte, Alcino Reis afirma que alguns clubes já apresentaram projetos que tiveram aprovação e, inclusive nas exigências do ministério. - "Todos os itens são igualmente importantes, e isso é bem explicado através dos formulários padrões que o ministério utiliza. Mas, sem dúvida, todos têm que estar adimplentes. Isso já é checado logo na apresentação do projeto" - explica Reis. - "A lei está à disposição de todos. Nosso trabalho é organizar e analisar os projetos."

Um comentário:

Anônimo disse...

É uma pena neste mesmo jornal o grande Presidente Márcio Braga dá a seguinte declaração: VAMOS COMEÇAR A ENXUGAR PELO ESPORTE AMAROD, QUE É UM INVESTIMENTO SEM RETORNO.
Sem retorno, o que a juventude recebe disciplina, saúde e muito mais.