Aconteceu hoje à tarde, na piscina do Tijuca Tênis Clube, a segunda rodada do Torneio Estadual 95 do Rio de Janeiro. Na rodada de hoje, o Guanabara venceu o Fluminense, enquanto na partida de fundo, o Tijuca derrotou o Flamengo.
Infelizmente, mais uma vez, somos obrigados a criticar a organização, ou seria melhor dizer, falta de organização? Essa segunda rodada foi ainda pior do que a primeira em termos de organização.
Para começar, tivemos um inédito campo 25 x 25 mts, já que as raias laterais não foram colocadas.
Voltamos a assistir a injustificável participação de atletas 94 e, dessa vez até 93, num campeonato 95. Injustificável, porque as equipes que se utilizaram de jogadores acima da idade da categoria, não estavam com falta de jogadores, poderiam perfeitamente ter atuado apenas com atletas 95 em diante (como fizeram no Festival da CBDA, mês passado).
A mesa, que na primeira rodada no Fluminense contou ainda com uma mãe de atleta na coordenação, dessa vez ficou a cargo tão somente de crianças, o que acabou gerando algumas confusões, como, por exemplo, no gol da vitória do Tijuca sobre o Flamengo (marcado por um atleta 94!), em que a campainha soou antes da finalização da jogada.
A sensação que fica é de uma enorme má vontade, de um evento aonde as pessoas envolvidas participam sem nenhum compromisso. A justificativa de que o importante é apenas botar os garotos para jogar não se sustenta, já que, da forma que este Torneio está sendo conduzido, ele poderia, tranquilamente, ser substituído por coletivos durante os treinos da semana, o que, convenhamos, seria uma grande injustiça para com os atletas, mas que pelo menos evitaria que se desperdiçasse as tardes de sábado. Esses atletas 95, em menos de quatro anos (2012), estarão formando as seleções brasileiras juniores, não dá para entender o porque de tanto desleixo com essa categoria aqui no Rio de Janeiro.
Fluminense 2 Guanabara 3
(0-0, 1-1, 0-2, 1-0)
Fluminense: Álvaro, Lucas, Bruno, Matheus, Vitor, Guilherme Russo, Matheus Otino (2) e Haroldo.
Técnico: Quito
Guanabara: Victória, Caio, Fred, Ryckson, Luis Henrique, Tadeu, Henrique (2), Fernando, Lucas (1), Luquinhas e Bruna.
Técnico: Rafael "Poelgar"
H+: Fluminense 1/4 + 0/1 pênalti, Guanabara 2/4 + 1/1 pênalti
Árbitros: Tiago/Crivella e Canetti
Flamengo 3 Tijuca 4
(1-0, 0-2, 1-0, 1-2)
Flamengo: Mateus Xavier, Wendel, Vitor, Luiza Morais, Ian (1), Pedro, João (1), Marcelo, Louise, Tati (1) e Luiza.
Técnico: Canetti
Tijuca: Bernardo, Vitor (1), Thiago, Elio, Matheus, Rafael, Rodrigo, (1) Matheus, André, Felipe Falcão (2), Arthur e Bruno.
Técnico: Tiago
H+: Flamengo 0/1, Tijuca 1/1
Árbitros: José Carlos e Quito
4 comentários:
é mateus xavier e não meteus guerra
po bugui bota jogador 94 p joga eh facil ganha quero ver ganha do gb sem atleta 94 !!!
isso eh pq nao consegue ganha sem atleta 94!!!
ass . caio cambalhota
É lamentável,sob todos os aspectos,que atletas de uma categoria de base como o Infanto(sim,ainda é uma categoria de base!)sejam tratados pelos respectivos treinadores com esse desleixo e a razão disso, entre outros motivos, está na ânsia de serem CAMPEÕES de infanto, quando deveriam na verdade se preocupar com a formação desses atletas, com um trabalho baseado em fundamentos bem executados,perna e natação específica.Qualquer coisa fora disso é pura encenação.Quem acompanhou o último PanJr percebeu a enorme distância que nos separa dos EUA e do Canadá nesses quesitos porque eles são trabalhados desde a primeira vez que o garoto cai na água e não existem torneios com esse caráter competitivo. Eles estimulam a permanência dos atletas fazendo "dual-meetings" periódicos,obedecendo as respectivas idades e premiando aqueles que,por exemplo,têm um bom chute,uma boa marcação no centro, um bom goleiro e por aí vai.
Essa cultura do "quero ganhar à qualquer preço" está acabando com as categorias de base do nosso esporte e os resultados serão observados quando eles chegarem (se chegarem!)na categoria Jr, onde existem atletas que mal sabem executar um passe,dar um chute à gol com o corpo na posição correta,marcar o centro visando a bola,enfim,fundamentos que não são trabalhados em nome de esquemas táticos visando ganhar o jogo. Todos querem ganhar mas ensinar a ganhar da forma correta dá trabalho e exige um conhecimento do esporte que a maioria desses treinadores de infanto desconhece.É uma pena.
José Werner.
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