O prof. Ricardo Cabral postou um comentário na entrevista “Quito comenta o PAN 2007”. Como o nosso intuito é fomentar o debate para o desenvolvimento do pólo aquático brasileiro, achamos por bem postar o comentário do prof. Cabral como uma matéria, afinal se trata da opinião do Supervisor de Pólo Aquático da CBDA, e achamos importante que o maior número de pessoas possível tenha acesso as sugestões e observações que ele faz em seu comentário. Segue abaixo a íntegra do comentário do prof. Cabral.
Concordo com o Helcio, está na hora de nos responsabilizarmos pelo pólo aquático. Sugiro criar, para começar, um quadro de responsabilidades, com funções atribuídas à cada elemento, para posterior avaliação e intervenção. Intervenção no sentido de criar estratégias para mudança. Numa coluna, a CBDA com suas funções bem definidas, tipo: realizar competições nacionais, formar equipes nacionais, treinar equipes nacionais, enviar equipes para competições internacionais,cobrar das federações a prática do pólo, ajuda financeira à seleções (técnicos, atletas), divulgar o pólo na mídia, captar recursos etc. Numa outra, Federações: estimular a prática do pólo nos estados, organizar competições nos estados, aplicar o dinheiro arrecadado com os clubes no pólo, organizar cursos, promover árbitros etc. Clubes: promover a prática do pólo, oferecer horários diversificados para a prática, contribuir financeiramente com a federação, ser profissional (ajudar financeiramente aos atletas), comprar material para a prática, pagar técnicos, promover torneios, enviar equipes para competições estaduais e nacionais, divulgar o pólo no clube etc. Técnicos: treinar as equipes em tempo compatível com exigências físicas, técnicas e táticas do jogo moderno, disponibilizar mais tempo para o trabalho, buscar reciclagem e aprimoramento; promover intercambio com equipes locais etc. Atletas: dedicar tempo compatível com o treinamento do pólo moderno, procurar aprimoramento técnico, físico e tático dentro e fora dos horários oferecidos pelo técnicos, estabelecer metas pessoais para serem atingidas, avaliar e reavaliar desempenho etc. Poderíamos colocar em colunas outros elementos, tais como: COB, os pais (participantes indiretos no processo) e ex-atletas.
Atribuir conceitos de MB, B, M e F para cada ítem listado e verificar a quanto anda nosso pólo. A partir daí, sim, criar uma estratégia única para avançarmos mais.
Só para curiosidade, já fiz o meu quadro e identifiquei que, todos nós, somos co-responsáveis pelo quadro que se apresenta.
Prof.Ricardo Cabral
Supervisor de Pólo Aquático da CBDA
4 comentários:
Pois é. Ainda no Blog do Ceará uma vez eu lancei uma pergunta sobre qual era a responsabilidade da CBDA e das federações. Fiz isso não pra provocar, foi por ignorância mesmo. Eu queria saber pra entender o processo.
O fato é: quem quiser mudar mesmo a situação do WP brasileiro tem que mudar o processo, zerar rusgas pessoais de qualquer origem e tocar um projeto comum. Ou então passar mais décadas incendiando a rádio-piscina.
Abs
Concordo em gênero, número e grau com o que foi dito pelo prof Ricardo Cabral. Se sabemos o quem tem que ser feito por que não fazemos? Esta ambigüidade é que faz com que fiquemos nesta mesmice, reclama daqui, reclama dali e no final fica tudo na mesma. Sempre defendi que temos que nos unir para melhorar. Confederação, Federações, clubes, atletas, ex-atletas, pais, etc. Já que temos a clara visão do que tem que ser feito, e a CBDA parece que realmente quer abrir uma porta para a mudança, sugiro que no embalo da reunião do último campeonato brasilerio juvenil façamos, durante o último campeonato a nível nacional do ano um amplo debate sobre procedimentos e planejamento para 2008, com a presença de todos, sem rancores ou ressentimentos pessoais. Todos realmente pensando num só objetivo que é a melhoria do pólo nacional.
Se tivermos uma Confederação competente e ativa, todos os outros setores envolvidos no pólo obrigatoriamente têm que se adequar. Se um atleta não quiser se dedicar suficiente está fora, pois terão outros que querem. Se um técnico é incompetente logo se notará, pois ele terá recursos disponíveis para obter grandes resultadose será cobrado de acordo com isso. O mesmo vale para todos os outros setores.
Não se iludam. Logicamente que todos os setores têm parcela de culpa e têm que melhorar. mas isso depende substancialmente da Confederação promover condições para tanto.
É como numa empresa. Se o alto escalão for incompetente e inativo, não tem jeito, a empresa vai falir. Se o alto escalão for competente vai dar condições de todos os setores crescerem e, aí sim, vai cobrar resultados e manter apenas os competentes e ativos.
Portanto Sr. Cabral, trate de cuidar do seu trabalho que, se o fizer bem feito, vai ser um passo muito grande mesmo para o desenvolvimento do esporte. Pare de tentar encontrar "co-culpados" para essa situação deplorável a qual se encontra o pólo aquático brasileiro.
Felipe-atleta
Se tivermos uma Confederação competente e ativa, todos os outros setores envolvidos no pólo obrigatoriamente têm que se adequar. Se um atleta não quiser se dedicar suficiente está fora, pois terão outros que querem. Se um técnico é incompetente logo se notará, pois ele terá recursos disponíveis para obter grandes resultadose será cobrado de acordo com isso. O mesmo vale para todos os outros setores.
Não se iludam. Logicamente que todos os setores têm parcela de culpa e têm que melhorar. mas isso depende substancialmente da Confederação promover condições para tanto.
É como numa empresa. Se o alto escalão for incompetente e inativo, não tem jeito, a empresa vai falir. Se o alto escalão for competente vai dar condições de todos os setores crescerem e, aí sim, vai cobrar resultados e manter apenas os competentes e ativos.
Portanto Sr. Cabral, trate de cuidar do seu trabalho que, se o fizer bem feito, vai ser um passo muito grande mesmo para o desenvolvimento do esporte. Pare de tentar encontrar "co-culpados" para essa situação deplorável a qual se encontra o pólo aquático brasileiro.
Felipe-atleta
Postar um comentário