sábado, 19 de novembro de 2011

Modalidade cresce pelo país, mas ainda de forma amadora

Clube Curitibano -participante da 1ª Fase Rio da IV Liga Nacional de Polo Aquático

postagem do site esportivo: www.ahebrasil.com.br de18/11/2011 09:21 - Atualizado em
18/11/2011 10:14 Por Thamara Batista

Dos quatro clubes fora do eixo Rio-São Paulo que jogaram a Liga Nacional nenhum ameaçou a supremacia de cariocas e paulistas.

A Liga Nacional de Polo Aquático vem mostrando que a modalidade está crescendo no país. Desde a primeira edição, há quatro anos, cresce a quantidade de participantes fora do eixo Rio-São Paulo, onde o esporte é consolidado. Apesar do aumento no número de agremiações, os resultados nas piscinas ainda refletem a supremacia carioca e paulista. A prova disso é que em 2011, todos os clubes desse centro se classificaram para o hexagonal final, sem sequer serem ameaçados pelos “intrusos” Clube Amazonense, Apaufsc, Náutico Cearense e Curitibano.

A primeira fase da Liga contou com representantes de todas as regiões, exceto o Centro-Oeste. Ao todo foram 11 times brigando pelo título, sendo quatro de São Paulo e três do Rio de Janeiro. Os outros quatro vieram do Amazonas, Ceará, Paraná e Santa Catarina. Segundo Ricardo Cabral, supervisor técnico do Polo Aquático da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), o objetivo é atrair, cada vez mais, os clubes de outros estados.

- Uma das ações da CBDA é bancar financeiramente a vinda desses times para participar da Liga. A gente sabe da dificuldade dessas equipes em deslocar e custear, aproximadamente, 20 atletas. Por isso fazemos o possível para que isso seja viável - afirma o supervisor.

A centralização do polo aquático é, além de tudo, uma questão histórica. Desde que a modalidade começou a ser disputada no Brasil, no início do século XX, as principais partidas aconteciam na Baia de Guanabara e no Rio Tietê. Atualmente, existem 17 estados que realizam torneios da modalidade pelo Brasil, entretanto os principais atletas, equipes e eventos continuam localizados no eixo Rio-São Paulo.

- Enquanto a descentralização não acontece, a CBDA segue fazendo ações nos outros estados, como as competições regionais e as clínicas, que selecionam os melhores jogadores para atuarem no Rio ou em São Paulo, sem perder o vínculo com seu estado natal – destacou Ricardo.

Por mais que o esporte esteja crescendo, ainda há poucos times de polo aquático espalhadas pelo país. No Sul, existem quatro equipes, enquanto Norte e Nordeste somam oito. Para Lúcio Guilherme Ieger, técnico do Clube Curitibano, do Paraná, ainda é muito difícil manter um grupo de qualidade fora do Sudeste, mesmo com o apoio da CBDA.

- A grande diferença está no número de jogos. Enquanto as equipes do Rio e São Paulo jogam 30 partidas oficiais por ano, fora dessas regiões a quantidade de confrontos reduz para dez. E isso faz toda a diferença – explicou o treinador.

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